Política

PSD-MS lança estudo para orientar seus pré-candidatos

Disposto a reforçar sua presença no Estado, onde deverá ter este ano pelo menos 25 candidatos a prefeito, o PSD do Mato Grosso do Sul está trabalhando no planejamento da campanha eleitoral. Neste fim de semana, a Executiva local se reuniu para estabelecer as estratégias que permitirão atender à orientação do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, no sentido de ter candidatos nas maiores cidades.

O senador Nelsinho Trad, dirigente regional do partido, explicou que foi elaborado um amplo estudo sobre a situação dos municípios sul mato-grossenses, com informações sobre a realidade sócio-econômica e política das cidades do Estado. Com 1,3 mil páginas, o documento analisa 45 dos 79 municípios. De acordo com Trad, ali constam a avaliação do prefeito e dos vereadores de cada um desses municípios, além de apontar os principais problemas locais e uma breve pesquisa de intenção de votos. O PSD já tem 67 diretórios locais definidos no Estado.

De acordo com ele, o comando da campanha será dividido em três grupos, “justamente para dividir as responsabilidades e cada um cuidar do seu número de municípios. O relatório também aponta as principais lideranças fortes desses municípios e quais os potenciais candidatos. A finalidade é, com base em pesquisas, ter elementos para justificar uma candidatura”, frisa Nelsinho.

Partido elaborou amplo estudo sobre a situação dos municípios, com informações sobre a realidade sócio-econômica e política das cidades.

Os grupos aos quais o senador se refere tem como ‘cabeças’ o deputado federal Fábio Trad, o próprio Nelsinho e o deputado estadual Londres Machado. Atualmente, a legenda conta com 27 vereadores, sendo dois em Campo Grande, e no Executivo conta com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, e com o vice-prefeito de Ponta Porã, Caio Augusto.

Na avaliação de Nelsinho, a recente mudança que veda coligações de chapas proporcionais – que são as que tem candidatos ao Legislativo – também fará com que a estratégia dos partidos mude a partir de agora. A primeira eleição com as novas regras será a de 2020, o que deve aumentar a quantidade de candidatos ao Executivo.

“A lei eleitoral mudou tudo e se você não promover candidaturas próprias, a tendência é você sumir. A nova regra eleitoral será um filtro de sobrevivência para os partidos. A partir do momento que você não fizer nenhum vereador, dificilmente vai eleger deputados e em função disso também não vai conseguir prosperar na vida política”, avalia.

O senador entende que essa nova situação é positiva, pois deve atender a um anseio da sociedade, que é a redução do número de partidos políticos e, consequentemente, do polêmico fundo eleitoral partidário, que usa recursos públicos. “Você vai ter que priorizar o seu candidato a prefeito e naturalmente deixar de priorizar outras conjecturas com aliados”, frisa Nelsinho, indicando ainda que a Executiva estadual vai focar no Interior, deixando a Capital caminhar por conta própria.

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