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Após polêmica contratação do goleiro Bruno, Operário de MS precisa se diferenciar do xará de MT

O Operário de Campo Grande precisou usar as redes sociais para compartilhar uma nota pública na qual se diferencia do seu xará, o Operário de Várzea Grande (MT). A medida precisou ser tomada nesta semana, após o time do estado vizinho anunciar a contratação do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que responde pelo assassinato da atriz e modelo Eliza Samúdio, ocorrido em 2010.

Nas redes sociais, e até mesmo em parte da imprensa nacional, acabaram confundindo os dois clubes e colocando o Galo sul-mato-grossense como futuro clube do jogador. Na nota, a direção do time explica que Bruno não foi contratado para integrar o elenco em 2020 e em nenhum momento sequer houve contato com tal atleta.

“A contratação de Bruno foi feita por clube homônimo, o Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense, criado em 1º de maio de 1949 e da cidade de Várzea Grande, no vizinho Estado de Mato Grosso. Devido a repercussão negativa, o mesmo também já recuou do acordo”, cita a nota.

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O goleiro Bruno, de 35 anos, foi anunciado como novo reforço do Operário de Mato Grosso no início deste ano. O clube até mesmo cogitou pagar um avião particular para trazer o atleta de Varginha (MG), onde ele cumpre a pena em regine semiaberto, até a cidade de Várzea Grande (MT).

No entanto, protesto da torcida e de patrocinadores da equipe acabaram levando a desistência do contrato. “Foi uma pressão muito grande e dois patrocinadores acabaram desistindo. Sem dinheiro, você não consegue fazer futebol”, afirmou André Xela, supervisor de futebol do Operário, em entrevista ao site da revista ÉPOCA.

De ídolo a réu
Bruno era um dos ídolos do Flamengo quando foi preso, em setembro de 2010, pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas válidas somadas são de 20 anos e 9 meses.
Atualmente o goleiro cumpre pena em regime semiaberto domiciliar em Varginha, onde está desde abril de 2017. Ele conseguiu a progressão de pena em 19 de julho após uma decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais do município.

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