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Médico analisa caso de gêmeas siamesas interligadas pelo peito com profissionais de SP

Um dos médicos que atende as gêmeas xifópagas (popularmente conhecido como “siamesas”), nascidas no dia 3 de janeiro deste ano, em Campo Grande, diz que analisa o caso com profissionais de São Paulo e, neste momento, não há previsão para cirurgia.

“O caso é desafiador e estou mantendo contato com profissionais do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Não é um caso inédito, porém, que precisa ser milimetricamente estudado e por isso não temos ainda nenhuma programação cirúrgica. Isso leva muito tempo e é muito precoce ainda, precisamos fazer todos os exames possíveis e toda a investigação”, afirmou ao G1 o médico William Lemos, supervisor e chefe de serviço do ginecologia e obstetrícia da Santa Casa.

Conforme Lemos, as gêmeas continuam fazendo exames e “sendo ajudadas” por aparelhos. “Temos exames programados de imagem, como tomografia, ultrassonografia, além de novos procedimentos no coração. Eu repito que o caso é desafiador, já que as possibilidades de ligação entre gêmeos é infinita e, se as conexões mudam um pouco, tudo muda. Por isso é necessário essa conversa, esse diagnóstico da situação dos bebês”, explicou.

Mãe de gêmeas siamesas conhece as filhas após parto na Santa Casa de Campo Grande (MS) — Foto: ASCOM Santa Casa Campo Grande/Divulgação
Mãe de gêmeas siamesas conhece as filhas após parto na Santa Casa de Campo Grande (MS) — Foto: ASCOM Santa Casa Campo Grande/Divulgação

Estado de saúde das gêmeas é estável, diz hospital

Nesta segunda-feira (13) a assessoria de imprensa do hospital informa que segue grave, porém estável, o estado de saúde das gemelares de Alice Aparecida Silva. Conforme a nota, elas permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa e respiram com o auxílio de aparelhos.

A equipe médica fala ainda que as pacientes continuam recebendo antibióticos, alimentação parenteral e sendo acompanhadas pela equipe médica neonatal e também de cirurgia pediátrica, torácica e cardíaca, além das especialidades clínicas.

Persistem também em processo de investigação diagnostica e não tem definição em relação a realização de procedimentos cirúrgicos. No momento, uma delas recebe dieta trófica , sem intercorrências, enquanto a outra segue em dieta zero. Ambas receberam transfusão de sangue no final de semana por anemia e os antibióticos foram trocados.

*Por G1 MS

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