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Túnel que levava a cofre da central do Banco do Brasil é tapado

O túnel de 70 metros escavado por bandidos e que levava até o cofre da central administrativa do Banco do Brasil, em Campo Grande, foi tapado no final da tarde desta quinta-feira (26), segundo a assessoria do Banco do Brasil, em Mato Grosso do Sul.

Ainda de acordo com a assessoria, uma empresa, contratada pelo próprio órgão, fez o serviço de concretagem do túnel. O banco não revelou a quantidade de cimento utilizado na obra.

Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras), a equipe chegou ao galpão da quadrilha no cruzamento das rua Alegrete com a Travessa Buriti, região do Monte Castelo, por volta das 00h30 (de MS). Lá eles flagraram o grupo cavando o túnel para roubar o banco.

Túnel com 60 metros de comprimento liga galpão à Central do Banco do Brasil, em Campo Grande. — Foto: Arte/G1
Túnel com 60 metros de comprimento liga galpão à Central do Banco do Brasil, em Campo Grande. — Foto: Arte/G1

Os policiais ainda encontraram uma grande pilha de sacos com as terras retiradas, durante construção do túnel. Houve a troca de tiros e a polícia também apreendeu três veículos, sendo duas caminhonetes com placas de Pernambuco, Ponta Porã e mais um caminhão.

Polícia divulgou imagem dos presos que escavaram túnel do Banco do Brasil em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Polícia divulgou imagem dos presos que escavaram túnel do Banco do Brasil em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Para manter a estrutura, onde eles alugaram um galpão comercial em maio deste ano, havia um alto custo: em torno de R$ 21 mil semanais. “Primeiro eles alugaram o local com uso de documento falso e, a princípio, o proprietário não tinha conhecimento da ação criminosa. Depois, eles fizeram uma porta para tampar a vista da edícula e, em seguida, começaram a cavar túnel.

O planejamento do crime custou R$ 1 milhão, disse o delegado.

“Ele, juntamente com o restante do grupo, cavou um túnel de 6 metros de profundidade e cerca de 70 metros de cumprimento, segundo a perícia que foi feita nesta manhã (23). A cada cinco metros, o local tinha iluminação e ventilador. Eles também mantinham um freezer com água mineral, todas sem rótulos para despistar qualquer rastreamento”, explicou Sartori.

Logo após a diária de trabalho, os bandidos espalhavam cal no imóvel para dificultar a possível ação policial. Nos últimos seis meses, eles estocaram milhares de sacos de terra, que quase chegavam ao teto do galpão.

Bandidos mantinham água mineral estocada sem rótulos para evitar rastreamento, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS
Bandidos mantinham água mineral estocada sem rótulos para evitar rastreamento, diz polícia — Foto: Graziela Rezende/G1 MS

“Ali tinha o local em que eles tanto estocavam terra como descansavam, há seis meses. É o mesmo período que eles já vinham sendo investigados aqui no Garras [Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros]. A investigação também apontou que um deles tinha um empresa de construção em Cuiabá e lá ele disse pra mulher vender tudo porque iriam trabalhar na obra de um shopping em Campo Grande, no qual ganhariam muito dinheiro”, explicou o delegado.

Única mulher do grupo fazia contabilidade

Já na capital sul-mato-grossense, a única mulher do grupo, que ainda não teve a identidade revelada, soube do que realmente se tratava e passou a fazer serviços de contabilidade para os suspeitos. Além do custo operacional com gasolina, alimentação, o grupo também gastava comprando cal e fazendo investimento em ferramentas e equipamentos de inteligência.

* Por G1 MS

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