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Roubo do Banco do Brasil em Campo Grande poderia ter sido o maior da história do país

Por muito pouco Campo Grande não foi palco daquele que poderia ser o maior roubo a banco da história do país. A polícia não divulgou quanto (R$) estava armazenado no cofre da sede do Banco do Brasil, no bairro Monte Castelo, entretanto, os valores estimados ultrapassam a marca de R$ 164 milhões roubados do Banco Central de Fortaleza, em 2005, que inclusive chegou a virar filme.

Conforme a investigação, a quadrilha teria investido, no mínimo, R$ 1 milhão para executar o plano de furto em Campo Grande. O dinheiro foi usado para alugar casas, comprar materiais de construção e até para pagar a mão de obra de outras pessoas. A policia disse que o grupo alugava casas em bairros nobres, mas permaneciam por pouco tempo para evitar contato com terceiros e a própria polícia.

Para o túnel, a quadrilha alugou um armazém a 60 metros de distância da sede do Banco do Brasil. Eles trabalhavam durante o dia, aproveitando que a região é comercial e de muito movimento de veículos. O local foi lugado em maio deste ano, usando documentos falsos. Por semana, a quadrilha gastava cerca de R$ 21 mil para dar continuidade a escavação.

Entre os equipamentos apreendidos estão um bloqueador de sinal eletromagnético e câmera de monitoramento. Os bandidos retiravam os rótulos das garrafas de água usadas no dia a dia e para apagar qualquer impressão digital, jogaram cal no chão, paredes, janelas e portas. A terra retirada do túnel era ensacada e estocada em um dos cômodos do galpão.

Os criminosos já haviam chegado ao subsolo do banco, protegido por uma única chapa de aço. Ao todo, o túnel tem 63 metros de extensão e sete metros de profundidade. É possível caminhar de pé no início do percurso, mas conforme vai se aproximando do fim o espaço vai diminuindo. No final, só é possível prosseguir engatinhando.

A estrutura, além de madeira e vigas de sustentação, também tinha ventiladores, ar-condicionado e iluminação. Segundo a investigação, quando perceberam que já estavam dentro da sede bancária, os bandidos fizeram um pequeno furo no chão para ver em qual parte estavam e achar o cofre. Para isso, usaram uma broca com câmera. O cofre ainda estava a pelo menos dois metros do ponto final.

Um macaco hidráulico foi adquirido pela quadrilha para estourar o chão do cofre. O maquinário usado para a escavação era braçal, ou seja, apenas pás, espatalas e carrinhos de mão, que não produzem barulhos e diminuem o risco de rachaduras. A investigação acredita que o bando seja composto por, pelo menos, 20 pessoas. Apenas sete estão presos, outros dois morreram durante a troca de tiros, na madrugada de domingo (22).

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