Após morte encefálica, menina agredida por homem terá órgãos doados
A Santa Casa de Campo Grande constatou na noite de sexta-feira (13) a morte cerebral da menina de 3 anos retirada de um carrinho de bebê e arremessada contra chão por um homem, no bairro Moreninha III, na quarta-feira (11).
Suspeito de arremessar a criança no chão foi detido e agredido por populares até a chegada da Guarda Municipal; Na imagem, ele aparece caido em frente a viatura — Foto: Guarda Municipal de CG/Reprodução
Segundo o hospital, foi autorizada a doação de órgãos e na manhã deste sábado (14) foram recolhidos os rins e córneas da menina.
Os rins foram encaminhados para São Paulo, as córneas ficarão no banco de olhos da capital. O corpo da criança foi liberada na tarde de hoje para os trâmites do Instituto Médico Legal (Imol).
Entenda o caso
De acordo com a polícia, a menina estava em um carrinho de bebê com a mãe, quando foi levantada pelo suspeito até a altura da cabeça dele e depois arremessada no chão, no bairro Moreninha III.
O homem foi detido e agredido por populares que estavam no local. Ele sofreu várias lesões e foi preso em flagrante pela Guarda Municipal.
Na manhã de quinta-feira (12), a juíza Luciane Buriasco Isquerdo converteu a prisão em flagrante em preventiva para o homem. Ainda segundo a magistrada, o autor faz uso de medicação. Na tarde do mesmo dia a Santa Casa de Campo Grande abriu protocolo de morte encefálica.
Ao G1 a delegada Marília de Brito, responsável pelas investigações, disse que 5 pessoas foram ouvidas até o momento, entre elas uma testemunha ocular que ressaltou o momento do crime.
“A testemunha falou que ele [agressor] pegou a menina como se ela fosse uma boneca de pano, pegando-a pela perna e batendo a cabeça dela no chão, parecendo que estava dando uma martelada. Ele repetiu a ação mais de uma vez e a pessoa inclusive visualizou o momento do segundo golpe. Depois do primeiro, a mãe gritou e essa testemunha ajudou no socorro”, comentou a delegada.
No depoimento, a mãe do agressor falou que o filho é agressivo e por este motivo ela alugou uma casa para ele morar sozinho. No entanto, na investigação policial, consta que o suspeito é interditado há 7 anos e possui “delírios repentinos e esquizofrenia”.
* Por G1 MS