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Justiça proíbe greve de servidores do HRMS alegando “evitar colapso na saúde pública”

A Justiça Estadual proibiu os funcionários do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, de entrarem em greve, conforme estava previsto para começar nesta terça-feira (10). A decisão atende a um pedido do Governo do Estado, que classificou o ato como sendo ilegal e abusivo.

O desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, responsável pela liminar concedida na tarde de segunda-feira (09), justificou sua decisão como uma maneira de evitar um colapso na saúde pública da Capital e do Estado, uma vez que o HRMS é o segundo maior hospital público de Mato Grosso do Sul.

Duarte determinou multa diária de R$ 50 mil e corte salarial referente aos dias de paralisação. “[…] Que o sindicato requerido se abstenha de dar início ao movimento grevista e, caso isso já tenha ocorrido, seja determinado o imediato retorno dos servidores do HRMS às atividades funcionais, com abstenção da prática de qualquer conduta que prejudique o regular desenvolvimento dos serviços de saúde na unidade hospitalar”.

O Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), que representa os servidores do HRMS, é contra a possível terceirização da administração da unidade hospitalar. A greve, que teria início nesta terça-feira, pede reforço de funcionários, reforço no estoque de medicamentos e insumos e melhores condições de trabalho.

O HRMS está sendo investigado pelo Ministério Público pela responsabilidade de 1.140 mortes ocorrida no período de nove meses de 2019. A denúncia aponta ainda eventuais irregularidades nos serviços de cardiologia, hemodinâmica e biópsia, além de falta de estoque de insumos e falta de funcionários.

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