Polícia de SC prende hacker que investigou desafeto de milícia de MS
Conforme a investigação da operação Omertá, que apura o suposto envolvimento de uma milícia armada criada para eliminar desafetos em Mato Grosso do Sul, Eurico é o hacker que teria sido contratado para passar a localização, em tempo real, do capitão reformado da Polícia Militar (PM), Paulo Roberto Xavier, o PX, pai do estudante Matheus e verdadeiro alvo dos criminosos.
Ainda conforme a força tarefa da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Eurico foi contratado por Juanil Miranda Lima, apontado como o autor dos disparos e também foragido. No entanto, ele teria terceirizado o serviço e procurado outro hacker em um grupo de mensagens por telefone, o que, segundo os investigadores, configura a participação dele no crime.
O especialista em informática terceirizado localizou PX e chegou a se passar por uma “gerente de banco apaixonada” para tentar marcar um encontro e emboscada ao capitão. No dia do crime, PX estava na casa dele. O filho foi manobrar a caminhonete do pai para fora da garagem para pegar o próprio carro e buscar os irmãos na escola. Um veículo encostou e efetuou vários disparos com fuzis. O estudante não resistiu. De acordo com a investigação, o assassinato de PX foi encomendado pelos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, presos no presídio federal de Mossoró (RN) e considerados os chefes da milícia armada.
O motivo seria desavenças por causa de negociações de propriedades rurais e ainda não há informações sobre a transferência do hacker preso em Santa Catarina para Campo Grande. A ação envolveu policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, que receberam informações da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.
*Por G1 MS