Política

Servidores do Hospital Regional pedem socorro contra possível privatização

Referência em diversos tratamentos e diagnósticos, o Hospital Regional Rosa Maria Pedrossian (HRMS) está passando por um processo de sucateamento, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul (Sintss/MS), Ricardo Bueno. O sindicalista subiu à tribuna da Casa de Leis durante sessão desta terça-feira (12) para pedir intermediação dos deputados estaduais contra suposta privatização do hospital.

“Estou clamando por socorro. Os servidores não aguentam mais cinco anos do mesmo jeito. Falta tudo. Trabalhamos angustiados, atendemos pacientes em estado grave. E para não passarmos por situações extremas, como ser agredidos por pacientes, pedimos ajuda para melhorias ou então anunciam logo que querem privatizar”, anunciou Bueno.

De acordo com o servidor, a falta de condições de trabalho seria intencional. “Troca a gestão e a coisa continua a mesma, porque o governo é o mesmo. Por que não melhora? Fica claro que o foco é a terceirização. Não queremos isso. Somos o maior hospital 100% público no Estado, somos referência em várias áreas”, argumentou.

Bueno listou que são mais de 6.500 consultas especializadas todos os meses, mais de 50 mil quilos de roupas higienizadas e 60 mil exames laboratoriais e ainda mostrou uma série de matérias publicadas no site oficial do Governo do Estado mostrando que o mesmo é referência em cardiologia e atendimentos de alta complexidade. “Temos um exemplo de privatização em Ponta Porã, que soma R$ 3 milhões em custeio para 110 leitos. Nós custamos R$ 7 milhões para o custeio de 345 leitos, sendo 73 de UTIs. Pedimos apoio para que não destruam a imagem do SUS e dos servidores”, considerou Ricardo Bueno.

O líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Barbosinha (DEM), afirmou que acolheu a manifestação do sindicalista e que levará os argumentos ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Como deputados vamos poder olhar os números e analisar sem paixões. O que precisamos ponderar é se ainda está valendo a pena quanto à eficiência e sustentabilidade do custeio. Vamos levar as reinvindicações ao governador”, afirmou.

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