Após investigação feita pelo SIG de Dourados, quadrilha é alvo de operação em GO
Uma organização criminosa que aplicava golpes utilizando boletos bancários fraudulentos para enganar vítimas em todo o País foi alvo de uma operação policial nessa terça-feira (21). A investigação durou quase um ano, realizada pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Regional de Dourados após uma lotérica local sofrer um prejuízo de R$ 500 mil.
A organização era liderada de Goiânia (GO), com membros também em Iporá, Trindade, Itaguaru e Israelândia, todas no estado de Goiás. Os criminosos utilizavam tecnologia para falsificar boletos bancários e distribuí-los às vítimas, além de contar com uma rede de pessoas e contas bancárias para recebimento.
Os golpes causaram prejuízos financeiros que ultrapassam R$ 1 milhão, afetando pessoas físicas e jurídicas em diferentes estados. Durante a operação, foram apreendidos documentos, celulares, dispositivos eletrônicos e valores em dinheiro que serão analisados para aprofundar as investigações.
A expectativa da polícia é conseguir identificar outros integrantes da organização, bem como o rastreamento dos valores desviados. Chamada de Operação Código de Barras, a apuração começou em fevereiro de 2024, após a aplicação de um golpe que resultou no pagamento indevido de mais de R$ 500 mil por um funcionário de uma lotérica.
Desde então, a investigação buscou identificar os integrantes da quadrilha, bem como a estrutura. Usando técnicas de inteligência, interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário, os policiais de Dourados conseguiram mapear o organograma da organização criminosa, cuja base estava localizada em Goiânia.
Todas as pessoas que emprestaram contas bancárias para que o grupo criminoso pudesse receber os valores angariados com o golpe foram alvos de mandados de busca e apreensão. Já os seis mandados de prisão tiveram como alvo todos que foram destinatários finais dos valores desviados.
Ao todo, foram 24 mandados de busca e apreensão, sendo que em nove não foram encontrados moradores. Foram efetuadas duas prisões preventivas, além de sete pessoas conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos. Quatro investigados permanecem foragidos, com mandados de prisão preventiva em aberto.
A operação contou com a participação da Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate À Corrupção (DECCOR), e envolveu cerca de 100 policiais civis.