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Beneficiado pela fraca Justiça, assassino de motorista Rafael Baron está foragido

A polícia está à procura do assassino Igor César de Lima, de 22 anos. Ele matou o motorista por aplicativo Rafael Baron, de 24 anos, no dia 13 de maio deste ano, no Condomínio Residencial Reinaldo Buzanelli, no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande. Igor cumpre pena no regime aberto desde o dia 18 de outubro e não se apresentou na Casa do Albergado na noite de quarta-feira (23), passando a ser considerado foragido da Justiça.

O assassino em questão é um dos muitos beneficiados pelas falhas da Justiça Brasileira. Embora tenha confessado o homicídio, o rapaz não foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPMS) e nem pela Polícia Civil, responsável pela investigação.  Com isso, não houve mandado de prisão pelo crime.

Igor está preso desde o dia 18 de outubro por prática de roubo a mão armada, em um assalto que cometeu antes de matar Rafael. Na época do assassinato, o rapaz já era foragido da Justiça. Ele chegou a cumprir parte da pena no regime fechado, com isso, foi beneficiado com o regime aberto. Essa é a terceira vez que Igor consegue fugir.

A Justiça nos faz rir

Na quarta-feira, vários motoristas por aplicativos, amigos e familiares de Rafael Baron promoveram uma carreata pela Avenida Afonso Pena pedindo que o assassino seja preso.

A morte de Rafael chocou os campo-grandenses pela covardia e pelo motivo fútil. O motorista havia sido contratado por Igor e a sua esposa, que voltaram da UPA do Jardim Leblon para o residencial.

Durante a corrida, Rafael conversou com a mulher, o que deixou Igor irritado. Ao chegar no apartamento, o rapaz foi até a sua casa, pegou o revólver e disparou contra o motorista, que morreu no local.

Igor é réu por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. No processo, existe uma denúncia feita pelo promotor José Arturo Iunes Bobadilla, no dia 11 de setembro, acatada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, mas em nenhum momento é citada a necessidade de prisão do réu e, exatamente por isso, ele segue solto.

Na quarta-feira, o juiz Albino Coimbra Neto determinou que ele voltasse a cumprir pena em regime semiaberto em razão do roubo a mão armada cometido em 2015.