Operação em Ivinhema apreendeu R$ 79 mil, armas de fogo e celulares
Armas de fogo, munições e R$ 79 mil em dinheiro foram apreendidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) na manhã desta quarta-feira (30), durante a Operação Contrafação, em Ivinhema.
A investida cumpriu, ao todo, oito mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar, um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações acerca da imposição de medidas cautelares alternativas diversas da prisão.
Segundo explicou o Ministério Público do Estado (MPMS), a investida ocorreu em apoio a investigação que tramita perante à 1.ª Promotoria de Justiça de Ivinhema. Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram presas por posse de arma.
As investigações revelaram que uma caminhonete Chevrolet Silverado, que pertenceu ao prefeito reeleito Juliano Ferro (PSDB) e, também, a um empresário local, foi transferida para o nome de dois policiais militares por meio de documentação falsificada.
A transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju, todavia, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação.
A caminhonete em questão foi apreendida pela Polícia Federal no dia 15 de outubro, na Operação Defray. Na ocasião, o dono do veículo publicou nas redes sociais um deboche, afirmando que já tinha comprado outra, mas de cor diferente.
Operação esteve a casa do prefeito
Os policiais cumpriram um dos mandados de busca e apreensão na casa do prefeito Juliano Ferro. Ele mesmo confirmou os fatos através de um vídeo compartilhado nas redes sociais, onde revelou ter sido apreendido o seu telefone e também uma quantia em dinheiro.
“Houve uma operação lá na minha casa hoje. Levou dinheiro meu de carro que eu trabalho, cheque que eu trabalho. Não sei do que é, mas estou à disposição da Justiça sul-mato-grossense. Estou sem celular, foi apreendido também”, disse.
Reeleito no pleito passado, Juliano Ferro é investigado em inquérito da Polícia Federal por omitir da Justiça Eleitoral pelo menos duas caminhonetes importadas, sendo a própria Silverado e uma Dodge RAM. A defesa do político nega.