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“Meningite bacteriana é caso isolado na Capital”, diz comunicado da Sesau

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu nota esclarecendo sobre a morte de uma criança de 7 anos esta semana em Campo Grande, vítima de meningite, primeiro caso da doença em Campo Grande. No mesmo comunicado, também, informa que todas as medidas sanitárias e de saúde estão sendo tomadas, e que não há motivos para preocupação, se tratando, por enquanto, de “um caso isolado”.

A meningite bacteriana consiste em uma infecção grave causada por bactérias que se espalham por meio das vias respiratórias, de alimentos ou pelo contato com fezes. 

Na última terça-feira (1º), uma criança de 7 anos, moradora do Bairro Noroeste, deu entrada em um hospital particular por volta das 16h, apresentando dores abdominais, palidez e tonturas. A criança passou por exames, mas faleceu às 23h.

A vítima apresentou quadro de meningite meningocócica + meningococcemia, e também testou positivo para a Covid-19.

A criança estava sem atraso vacinal, com 03 doses de meningo C, sendo a última dose em 28/02/2020. A menina não apresentava comorbidades e sem histórico de contato com pessoas contaminadas, e/ou viagem para fora do município. 

Foi solicitado ao hospital uma amostra de sangue da criança e enviado para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), para a realização de PCR, sendo confirmado para meningites bacterianas.

Ações

Após a confirmação, foram adotadas as seguintes medidas como ações da Vigilância Epidemiológica:

• Investigação de casos suspeitos do agravo e casos secundários no hospital, residência e escola;

• Levantamento dos contatos próximos em ambiente hospitalar, residência e escola;

• Quimioprofilaxia, conforme recomendações do Ministério da Saúde, descrito no Guia de Vigilância em Saúde, 6ª ed. 2024;

• Orientações e monitoramento de aparecimento de novos casos nos próximos 60 dias.

Prevenção

A Sesau informa ainda que, como medida de prevenção, foi realizada uma reunião com os pais de colegas de turma e professores da criança, além dos pais da criança, para informar a orientação de Quimioprofilaxia: a medicação é fornecida pelo Ministério da Saúde. Solicitado à GT das Meningite do Estado, a liberação de medicação (rifampicina) para realização de quimioprofilaxia em comunicantes do óbito.

Realizada quimioprofilaxia na residência (2 adultos e 2 crianças) e na escola (2 adultos e 31 crianças).

A quimioprofilaxia está indicada somente para os contatos próximos de casos suspeitos de doença meningocócica (Guia de Vigilância em Saúde, 2023).

Vacinação

A Sesau ainda orienta para a vacinação de crianças e adolescentes não vacinados, a atualizarem o cartão vacinal conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS).

A vacinação é considerada a forma mais eficaz na prevenção da doença, e as vacinas contra o meningococo são sorogrupo ou sorossubtipo específicas. Estes imunobiológicos são utilizados na rotina para imunização e também para controle de surtos.

Vacina meningocócica C (Conjugada)

O esquema vacinal consiste de 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço é recomendada aos 12 meses de idade, podendo ser administrada até os 4 anos de idade. Em 2017, foi incorporada a vacina meningocócica C (Conjugada) para adolescentes de 11 a 14 anos, como dose de reforço, de acordo com a situação vacinal.

A Vacina meningocócica ACWY (conjugada) está disponível no Calendário Nacional de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 2020, para a prevenção da doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis dos sorogrupos A, C, W ou Y. A vacinação é recomendada para adolescentes na faixa etária de 11 e 12 anos de idade (BRASIL, 2020a, 2020b).