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Em meio a problemas, eleição para conselheiros tutelares da Capital é suspensa

Finalmente o CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente), responsável pela organização da eleição para conselheiros tutelares de Campo Grande, tomou uma posição e decidiu pela suspensão do pleito, realizado no último dia 06. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município (Diogrande) desta quarta-feira (16), em edição extra.

Assinada pelo presidente do CMDCA, Celso José dos Santos, a publicação não diz qual medida será tomada e nem se haverá a realização de uma nova eleição, apenas justifica que está atendendo a uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE/MS), por meio da 46ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.

“Fica suspenso o resultado provisório das eleições do Processo de Escolha em Data Unificada para Membros dos Conselhos Tutelares, Titulares e Suplentes para o Quadriênio 2020/2023 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul”, diz a publicação. A posse dos 25 candidatos eleitos estava marcada para o dia 10 de janeiro. O salário é de R$ 5.100,00, mas pode chegar a R$ 7 mil devido aos plantões.

Problemas vieram antes mesmo da eleição

O imbróglio envolvendo a eleição para o Conselho Tutelar da Capital começou muito antes da realização do pleito, com alguns candidatos disputando a eleição sub judice por terem sido reprovados nas etapas anteriores do certame. A entrada destes postulantes através da decisão judicial, já em cima da hora, impossibilitou o uso de urnas eletrônicas e a solução foi o uso de cédulas de papel.

Ao todo, seis candidatos conseguiram disputar o pleito sub judice. Entre essas está Liana Maksoud, que foi a segunda mais bem votada de todo o pleito, com 696 votos. Os outros são: Vânia Aparecida, que ficou em sexto lugar, Adriana Marques, em décimo, Mirian, 11ª, e Adriano Ferreira, 18º, além de Cassandra Szuberski, que ficou na suplência.

De acordo com a coordenadora da Comissão Eleitoral do CMDCA, Alessandra da Silva Hartmann, em depoimento na Câmara Municipal na terça-feira (15), a expectativa era de que 25 mil eleitores participassem da eleição, para isso, foram confeccionados 24 mil cédulas, mesmo assim ouve registro da falta de cédulas e demora na reposição.

Foram 60 locais de votação e mais de 20 mil votos contabilizados. “Em algumas seções acabaram as cédulas, mas nenhuma ficou sem ser abastecida. Houve atraso na reposição, houve sim filas, e espero que isso seja corrigido na próxima eleição”, disse a coordenadora aos vereadores.

Além destas ocorrências, também foram denunciadas a falta de informações aos eleitores quanto aos locais de votação, a falta do nome de eleitores aptos a votarem, atraso na abertura dos portões de alguns locais de votação e até mesmo a ausência do nome de candidatos nas cédulas.