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Colheita da segunda safra do milho já ultrapassa os 75% em MS, aponta Aprosoja

A colheita do milho para a segunda safra 2023/2024 alcançou 77,9% da área total plantada em Mato Grosso do Sul. A informação é do boletim do Projeto SIGA-MS, executado pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) com dados registrados até o dia 2 de agosto. O saldo representa aproximadamente 1,7 milhão de hectares.

A colheita está mais avançada na região norte, com média de 92,9%. No sul, a média é de 77,6% e no centro, 70,4%. Alcinópolis, Camapuã, Paraíso das Águas e Pedro Gomes já concluíram a colheita. A área colhida está 51,7 pontos percentuais a mais do na safra 2022/2023, quando 26% da área total tinha sido colhida neste mesmo período.

Após uma amostragem de 10% da área estimada pelo projeto SIGA-MS, constatou-se uma queda de 19,1% na produção em comparação à produção inicial de 11,4 milhões de toneladas. A área continua com uma expectativa de queda de 5,82% em relação ao ciclo anterior (2022/2023), atingindo uma área de 2,218 milhões de hectares. 

A produção prevista é de 9,285 milhões de toneladas, correspondendo a um decréscimo de 34,7% em comparação com o ciclo anterior. A produtividade estimada é de 69,77 sacas por hectare, indicando uma retração de 30,7% frente à safra passada. O coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, disse que a conclusão está agendada para 13 de setembro.

“O estresse hídrico foi a principal causa da perda de potencial produtivo na segunda safra de milho. Esta condição adversa impactou uma área total de 768 mil hectares. Também registramos perdas totais de produção. Em alguns casos, o produtor optou por suprimir a vegetação e deixá-la como cobertura do solo”, detalhou.

O preço médio da saca de milho em Mato Grosso do Sul, entre os dias 22 e 26/7, foi de R$ 45,72; entre os dias 29/07 e 02/08 ficou em R$ 45,84, aumento de 0,3%. A Granos Corretora enfatiza que até o dia 5 de agosto, Mato Grosso do Sul já havia comercializado 30,50% do milho segunda safra 2023/2024.

“Com o custo de produção total ficando em torno de 120 sacas/ha, em uma estimativa preliminar, e consequentemente acima da produtividade média estimada que é atualmente de 69,77 sacas por hectare, significa que os produtores devem produzir além desse número para ter lucro”, avalia o analista de economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes.