Presidente afastado da FFMS é levado para hospital após aniversário na cadeia e morte da irmã
O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de MS) Francisco Cezário de Oliveira, de 81 anos, teve a saúde abalada ante 15 dias preso e com a triste noticia de morte familiar. Ele aparentemente sofreu um infarto, passou mal no Presídio Militar e foi transferido para o Hospital da Cassems, em Campo Grande, no inicio da noite desta quarta-feira (5).
Cezário, envolto em grande escândalo de corrupção, foi preso dia 21 de maio, após operação do Gaeco, ‘Cartão Vermelho’, por apontado desvio de R$ 6 milhões na FFMS, passou o aniversário nesta terça-feira, na prisão, quando também ficou sabendo que a justiça negou, pela segunda vez, um habeas corpus. E para piorar, nesta quarta-feira, uma nova notícia ruim: a irmã, Maria Rosa Cezário, faleceu.
Conforme relatos, após saber da morte da irmã, o presidente afastado da Federação, teria se sentido mal, com ataque de provável infarto e foi levado ao hospital. O advogado de defesa, André Borges, falou que o ‘imperador do futebol’ sofreu princípio de infarto. E de acordo com boletim médico, ele será submetido a um cateterismo na manhã desta quinta-feira.
A irmã de Cezário, Maria Rosa estava acamada desde que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e teve o quadro de saúde agravado com a prisão do irmão. Ela estava internada no Hospital El Kadri quando faleceu ontem.
Barrado na Justiça
Cezário teve dois pedidos de habeas corpus negado pela Justiça. O primeiro foi negado pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. Conforme despacho do magistrado, a medida cautelar de encarceramento do decano do futebol é necessária para garantir a ordem pública e a instrução penal.
O segundo foi negado pela desembargadora Elizabete Anache, relatora da Operação Cartão Vermelho no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ela negou o pedido de liminar. Agora, a 1ª Câmara Criminal irá analisar o mérito do pedido. A turma é a mais garantida da corte e sempre tem concedido os pedidos de habeas corpus dos envolvidos em escândalos de corrupção.
O imperador do futebol é acusado de desviar dinheiro da FFMS repassado pela Fundesporte (Fundação de Desporto de Mato Grosso do Sul) e pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ao longo de 20 meses de investigação, o Gaeco conseguiu provar transferência de dinheiro para a conta de Cezário e dos sobrinhos.