Eduardo Riedel assina Pacto Interfederativo para combate aos incêndios no Pantanal
O governador Eduardo Riedel (PSDB) participou nessa quarta-feira (05) da assinatura do Pacto Interfederativo para o Combate aos Incêndios no Pantanal e na Amazônia. O evento aconteceu em Brasília (DF) e contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A iniciativa visa antecipar e integrar ações de prevenção e controle do fogo nos biomas, que devem sofrer com uma forte estiagem ao longo dos próximos meses. O governador sul-mato-grossense lembrou que o Pantanal é historicamente muito susceptível às queimadas nessa época de seca.
Na sua fala, ressaltou que 65% do bioma pantaneiro está em Mato Grosso do Sul. “Tivemos um histórico 2020, que foi fora de qualquer proporção, e em 2024 as condições de clima que estão colocadas são piores que naquele ano. Então estamos muito preocupados e agindo para não repetir aquele cenário”, frisou Riedel.
Ele ainda destacou que o Estado se estruturou para enfrentar o problema. “Estamos trabalhando duramente, com toda a nossa força, pois já começou a época de incêndios lá, com mais de 800, 900 focos. Já estamos fazendo esse combate, tanto é que a área é menor devido à nossa ação”, alertou o governador.
Sobre a cooperação, Riedel comentou que vai somar esforços na preservação. “Alocamos R$ 50 milhões em prevenção para evitar queimadas que, em anos como esse, de muita massa seca, costuma acontecer no Pantanal. Vamos usar toda nossa capacidade e esse acordo auxilia nisso, para ampliar essa ação”.
O pacto interfederativo foi firmado por MS, MT, PA, AC e RR, além disso, também, foram assinadas outras 13 iniciativas que vão desde a criação de novas áreas protegidas pelo Governo Federal a até programas nacionais de conservação e cooperações entre instituições federais.
Ministra alerta para fenômeno com incêndio e queimadas
“O que estamos vendo no Rio Grande do Sul em chuva e os efeitos dessa chuva, vamos ver em estiagem provavelmente na Amazônia e no Pantanal. Vamos ter um fenômeno com incêndios e queimadas”, destacou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Ela explicou que materiais orgânicos chamados turfas alimentam as chamas dos incêndios subterrâneos que ocorrem em áreas remotas, dificultando o trabalho de frente ao fogo, que é natural para o período de seca no Pantanal, mas toma proporções fora da normalidade e de ameaça à vida se aliadas às condições climáticas de seca previstas.
No Pantanal, de agosto de 2022 até julho de 2023, a queda do desmatamento foi de 9,2%. “Temos no Pantanal essa inflexão, e aqui está o governador Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, onde foi feita uma lei [a Lei do Pantanal] para proteger esse bioma. Já temos esse resultado inicial”, finalizou a ministra Marina Silva.