Hospitais universitários de MS entrarão em greve a partir da quinta-feira
Os Hospitais Universitários Federais de Mato Grosso do Sul irão entrar em greve a partir da quinta-feira (02). A decisão aconteceu na última sexta (26), através da assembleia do Sindserh-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares no Mato Grosso do Sul).
A categoria é contra a proposta de reajuste de 2,14% ofertada pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), responsável pela administração dos estabelecimentos hospitalares das universidades federais.
O Sindicato sustenta que estão há pelo menos três meses em negociação, mas não houve avanço. Os servidores querem aumento de 14,07% no salário e benefícios, além de melhores condições de trabalho.
Atualmente, os trabalhadores recebem auxílio-alimentação no valor de R$ 655,00 e o pedido é arredondar para exatos R$ 1 mil. Também pedem a compra de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e insumos básicos, que estão em falta há meses.
Em Mato Grosso do Sul, são dois estabelecimentos administrados pela Ebserh, sendo eles o Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), na Capital, e o HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados), em Dourados.
Docentes também irão parar
A greve dos servidores hospitalares vai se somar aos dos professores, que já está acontecendo nas unidades do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e, a partir do dia 1º de maio, chega até a UFMS e a UFGD.
A Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) informou que estarão suspensas todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Os professores reivindicam a recomposição salarial, que não ocorre desde 2017 e resultou em uma perda salarial de aproximadamente 40%. Em 2023, foi concedido um reajuste emergencial de 9%.
A última grande greve da UFMS aconteceu em 2015, quando foram cinco meses de aulas e atividades suspensas.