Estudo de viabilidade econômica vai definir o futuro das obras de conclusão da UFN3, em Três Lagoas
O governador Eduardo Riedel visitou nessa sexta-feira (26) a obra de construção da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas. Na oportunidade, ele acompanhou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
A fábrica parou de ser construída há 10 anos, com 81% do total executado. Na época, a Petrobras rompeu o contrato com o consórcio responsável e desde então não houve nenhum avanço concreto no projeto. Durante a visita, o presidente da estatal não afirmou quando a construção será retomada.
“Hoje é o primeiro passo para revitalização e reaprovação da planta da UFN3. Uma vistoria técnica para vermos de fato a estrutura, porque para administrar precisamos conhecer como está a planta. Uma vez definida a viabilidade econômica, nós então poderemos anunciar o retorno da obra, assim como edital de contratação”, disse.
Ainda segundo a fala dele, a Petrobras tem interesse em investir no setor de fertilizantes para promover a sinergia com o agronegócio, reduzir a dependência em relação à importação e gerar emprego e renda. “Com a nossa capacidade tecnológica e operacional, facilidade logística e acesso à matéria-prima, temos todos os elementos para fazer essa transição, que é o futuro da Petrobras e das principais petrolíferas do mundo”.
A ministra Simone Tebet ponderou que a obra será a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. “O Governo Federal apoia este investimento da Petrobrás, que vai impactar positivamente as lavouras, agronegócio e colocar comida mais barata. Um sonho de Três Lagoas e uma necessidade ao desenvolvimento do Brasil”.
O governador Eduardo Riedel afirmou que Mato Grosso do Sul está preparado para receber estes grandes investimentos e que novos investimentos e projetos vão contribuir para a retomada da UFN3, como a construção de malha ferroviária na região. “A ferrovia vai de Três Lagoas a Aparecida do Taboado, sobe ao norte e desce a Santos pela malha paulista. Um grande ganho potencial competitivo para fábrica”, avaliou.
A UFN3 foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de m³ de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia. A obra da Petrobras começou em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014. Na época, o valor orçado era de R$ 3,9 bilhões.
A expectativa é que o processo licitatório para conclusão do projeto seja feito em dezembro deste ano para que as operações na fábrica iniciem até o final de 2028.