Capital

Diagnosticada com verme gigante raro, cachorrinha passa por cirurgia e perde um dos rins

A cachorrinha Chopp foi salvo pela equipe veterinária da Subsecretaria do Bem-Estar Animal Subea) de Campo Grande. O animal de estimação foi diagnosticado com Dioctophyma renale, popularmente chamado de ‘verme gigante dos rins’, e precisou passar por um procedimento cirúrgico grave.

Chopp chegou até a unidade de atendimento após apresentar sintomas confundidos com cálculo renal, como sangramento na urina e dor lombar. A tutora Ana Cristina Garbin a levou para avaliação veterinária em outra clínica, onde o médico responsável indicou que fosse feito o tratamento para obstrução.

“Ela apresentou sangue na urina e começou a ficar muito prostrada. Mesmo tomando a medicação [para cálculo renal] não melhorava em nada. Já estava desesperada e trouxe aqui na Subea, porque falaram que aqui havia veterinários muitos bons e que poderiam me ajudar”, descreveu a tutora.

Após realizar anamnese e exame de ultrassom na Subea, o veterinário responsável pelo atendimento, Jayme Messias, suspeitou que podia ser o verme dos rins. Depois do exame de imagem, ele encaminhou a cadela para UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que tem o convênio com a Subea.

Na clínica veterinária da instituição de ensino federal foi realizada uma série de exames para confirmar o diagnóstico. “Vimos que um dos rins estava bem disforme, parecendo uma bola. Por isso solicitamos o exame de urina, pois dessa forma conseguimos encontrar alguns ovos do verme, que são expelidos”, explicou o veterinário.

Logo em seguida, a cadelinha foi operada para retirada do verme e já passa bem. A tutora ressaltou que mesmo sem um dos rins, Chopp voltou à vida normal. “Eu já tinha ouvido falar sobre a Subea, mas achei que seria difícil conseguir atendimento. Me surpreendi e valeu muito a pena”, ponderou Ana.

Sobre a doença, o veterinário ressaltou a importância de se manter o vermífugo dos animais em dia e principalmente a limpeza do ambiente onde costumam ficar para evitar a contaminação de outros animais e até mesmo dos moradores da casa. “Todo animal deve ser vermifugado a cada seis meses, pelo menos”, frisou.

O Dioctophyma renale costuma acometer o rim direito. As fêmeas do verme podem atingir até 100 cm e os machos, 45 cm. Possui coloração vermelho-sangue pelo fato de apresentar hábito de ingerir sangue do seu hospedeiro. Jayme Messias citou ainda que é raro. “Não é muito comum essa doença, vi uma única vez enquanto estava na faculdade”, disse.

A Subea disponibiliza consultas veterinárias gratuitas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras. São distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30, e 15 a tarde, a partir das 13h. O tutor deve ir até a unidade com o animal, documento, comprovante de residência e o número do NIS.