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Ronnie Lessa não vai mais deixar o Presídio Federal de Campo Grande

O pistoleiro Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora carioca Marielle Franco, não vai mais ser transferido para o Rio de Janeiro. A nova decisão foi tomada pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, nesta quarta-feira (3).

Ele decidiu por renovar a permanência do ex-PM no Presídio Federal de Campo Grande por mais 12 meses. O magistrado chegou a determinar o retorno do réu ao RJ, alegando que não houve pedido de prorrogação do prazo pela Justiça daquele estado até a data limite, que era 21 de março.

Entretanto, ao tomar ciência de uma decisão da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro datada do dia 19 de março, o juiz campo-grandense renunciou de sua decisão anterior. O juiz Gustavo Gomes Kallil, da Justiça do RJ, aceitou o pedido do Ministério Público e decidiu manter Lessa no presídio federal por até 3 anos.

Apesar do período determinado, o juiz do MS reconsiderou e autorizou a permanência pelo período de apenas mais um ano. “A situação do preso pode ser alterada periodicamente e não é recomendável deixar o interno, desnecessariamente, no sistema mais gravoso de cumprimento de pena”, citou Iamassaki Fiorentini.

Ronnie Lessa fez uma delação premiada para ter a unificação da pena pelos crimes cometidos em uma unidade prisional carioca. A partir do seu depoimento, houve a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão e do seu irmão e conselheiro do TCE-TJ, Domingos Brazão, apontados como os mandantes da execução.

O ex-chefe da Polícia Civil do TJ, Rivaldo Barbosa, também foi preso por ter agido para protegê-los, atrapalhando o andamento da investigação. Chiquinho, aliás, também está alojado no Presídio Federal de Campo Grande desde o dia 27 de março.