Dia de São Sebastião: Paróquia de Campo Grande tem programação com missas, procissão e quermesse
Nesse sábado (20), é celebrado pela Igreja Católica o Dia de São Sebastião, o protetor da humanidade contra a peste, a fome e a guerra. Em Campo Grande, desde o último dia 11 a paróquia do bairro Monte Carlo promove a tradicional festa que homenageia o santo padroeiro, proporcionando aos devotos momentos de oração, fé e confraternização.
Nesse último dia, a programação começou bem cedo, às 06 horas, com a missão que abençoou a relíquia de São Sebastião, seguido por um café da manhã.
Ao longo deste dia festivo, serão realizadas na paróquia mais três missas, às 08h30, 10h e 16 horas. A programação ainda conta com um almoço, terço e a procissão luminosa.
O encerramento está previsto para começar às 19h, com o último dia da quermesse.
Em sua 74ª edição, a Festa de São Sebastião ofertou momentos de oração, confraternização, gastronomia, cultura e muita diversão para toda a família.
Ao longo da programação, foram realizadas Noite do Sobá, Noite do Burgão, Noite Paraguaia, Noite do Churrasco e Noite da Alegria, com shows quase todos os dias.
Conheça a história da igreja
Foi durante a passagem de uma doença que assombrou e matou inúmeros bois na região de Campo Grande durante o ano de 1936 que um fazendeiro, devoto de São Sebastião, colocou a sua fé em evidência e orou clamando pela vida do seu rebanho.
Em suas preces, prometeu construir uma capela em homenagem ao santo protetor caso a peste não atingisse seus gados. Deus não abandona aqueles que lhe pedem por socorro e, como em um autêntico milagre, a doença acabou sem matar o gado e ele fez a capela.
De lá para cá, a igreja ganhou uma estrutura maior e se consolidou como Paróquia de São Sebastião, situada na Rua Minas Gerais, bairro Monte Carlo. Nessa segunda quinzena de janeiro é celebrada a tradicional festa em homenagem à vida e o legado do padroeiro.
São Sebastião
A história cita que Sebastião nasceu em Narbonne, do século terceiro. Os pais eram oriundos de Milão, na Itália. Desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.
Ao entrar para o serviço no Império, como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império.
Era crisão mesmo que as autoridades soubessem, pois durante o Império de Diocleciano a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos. Sebastião consolava os cristãos que eram presos com uma evangelização secreta.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida.
Certa vez, um apóstata denunciou-o para o Império, que acabou preso. O imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto.
Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador.
Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e que fosse jogado numa fossa para que nenhum cristão o encontrasse. Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã.
O santo disse que ela encontraria o seu corpo pendurado em um poço e pediu para ser enterrado nas catacumbas, junto aos apóstolos. Mas ele foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica.
Construíram, então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião.
A oração: “São Sebastião, que foste flechado pelo povo, mas também pelo amor divino, colocai em nós essa ferida de amor que não sara e não se cansa de procurar o amado de nossas vidas até às últimas consequências. Amém.”