Sustento do filho preso por tráfico foi o motivo da briga que resultou na morte de mulher na Capital
A DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) apresentou novos detalhes do assassinato de uma mulher de 47 anos ocorrido na noite de ontem (04), em Campo Grande. O autor do crime, de 42 anos e que também era o marido da vítima, foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em entrevista à imprensa, a delegada Elaine Beniasa, titular da DEAM, disse que a perícia apontou que a mulher foi assassinada com nove golpes de punhal dentor da casa em que morava com o marido, localizada no cruzamento das ruas Sambacuim e Zínia, no bairro Moreninhas III.
Os dois moravam juntos há sete anos. Na sua versão, o autor do crime disse tinha discutido com a vítima pelo fato dela ainda sustentar o filho, fruto de outra relação e que cumpre pena por tráfico de drogas. Ele detalhou que a mulher estava no quarto descascando uma laranja quando começaram a discutir.
Na troca de palavras, ele se aproximou e deu um tapa no rosto dela, que acertou um golpe com a faca no braço dele. Na sequência, o homem pegou o punhal que estava debaixo do travesseiro e acertou o peito da vítima. Ele negou que tenha atingido outras partes do corpo dela, a perícia identificou ferimentos no tórax, costas, ombro e virilha.
Ele sustentou que depois que atingiu a mulher com o punhal saiu da casa e foi para a rodovia federal BR-163, na saída para são Paulo, para cometer suicídio. Foi nesse momento que uma equipe da concessionária CCR MS Via passou pelo trecho e o avistou completamente sujo de sangue.
A PRF foi acionada e o abordou, momento em que descobriu o crime indo até a casa dele e encontrando a mulher já sem vida no quarto. O local estava complemente revirado e sujo de sangue. Ainda segundo a DEAM, o autor tem passagens por ameaça e lesão corporal praticado contra duas ex-namoradas e uma sobrinha.
O casal não tinha filho juntos, além disso, a família da vítima relatou que o homem já teria agredido a companheira outra vez, porém, ela nunca procurou a polícia para registrar a ocorrência ou mesmo pedir medida protetiva. O homem segue preso e deve passar por audiência de custódia para saber se será encaminhado ao presídio ou solto.