Em audiência, secretário de Saúde presta conta e fala do Hospital Municipal
O secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, participou de audiência pública de prestação de contas da pasta, na manhã desta sexta-feira (29), na Câmara Municipal. O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Saúde da Casa, composta pelos vereadores Dr. Victor Rocha (presidente), Prof. André Luis (vice), Dr. Jamal, Dr. Loester e Tabosa.
No debate, Benites detalhou os recursos e despesas da pasta e as contas referentes ao 2º quadrimestre do exercício financeiro de 2023. Também listou obras em unidades de saúde feitas pela Sesau em bairros como Jardim Presidente, Aero Rancho, Arnaldo Figueiredo, entre outros. “No final de março, vamos ver se conseguimos entregar 30 obras pelo menos”, projetou.
O titular da Sesau também lamentou o aumento nas demandas judiciais que sobrecarregam as contas da Prefeitura. Dados repassados durante a audiência mostram que, em 2022, foram empenhados R$ 20 milhões. Este ano, a projeção é de R$ 32 milhões. “É uma dificuldade não só de Campo Grande, mas também de cidades do interior. Esse ano, em seis meses praticamente já atingimos o total do ano passado”, disse.
“A gente pode pensar que um orçamento de R$ 1,5 bilhão é muito. Mas foram 10 milhões de atendimentos realizados no período. Uma média de 55 mil atendimentos por dia realizados dentro da contratualização da Sesau”, ilustrou.
Em sua fala, o vereador Dr. Victor Rocha questionou, principalmente, a falta de medicamentos em diversas unidades da Capital. “Quando vou na UPA, não consigo achar diversos medicamentos. Muitas vezes, até o anti-inflamatório e analgésico. A população liga para nós querendo a medicação. Ninguém está perseguindo a Sesau. A gente só constata o que a população nos traz”, apontou.
Hospital Municipal – Questionado pelo vereador Dr. Victor Rocha, Sandro Benites falou sobre a construção do Hospital Municipal, anunciado este mês pela prefeita Adriane Lopes. O projeto prevê 250 leitos de internação, 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“É um complexo hospitalar para que a pessoa tenha praticidade, tudo em um só lugar. Vai ter centro de diagnóstico, centro de atendimento por especialistas. É uma Parceria Público-Privada. É o futuro e o presente em várias outras unidades. O atendimento será 100% pelo SUS, gratuito, e para desafogar nossas unidades”, garantiu Benites.
O local, segundo ele, será anunciado após definição da prefeita. A implementação da nova unidade será fruto de uma Parceria-Público-Privada e o investimento previsto é de R$ 200 milhões.
O objetivo é ampliar a oferta de serviços e absorver parte da demanda reprimida por exames de diagnóstico e cirurgia, tendo a capacidade de atender uma média de 1,5 mil pessoas. Todos os atendimentos serão regulados.
“Vamos contar com ajuda do Governo Federal, do Governo do Estado. Vamos fechar parcerias para a manutenção na parte financeira. O projeto está pronto”, finalizou.
Para o vereador Prof. André Luís, o cidadão espera resultado. “Ele não quer saber por que a coisa não sai. Ele quer o produto. O Hospital tem que ser uma proposta de Estado, e não de Governo. Temos que ver se esse modelo atende a demanda atual de Campo Grande, que está prestes a se tornar uma metrópole. A demanda por leitos tende a aumentar”, analisou.