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Onda de calor extremo requer reforço na hidratação para diminuir efeitos negativos sobre o corpo

A última semana do inverno começou com uma onda de calor extremo em Mato Grosso do Sul. Um bloqueio atmosférico tem impedido a chegada das frentes frias comuns para a época ao Estado, o que tem provocado temperaturas acima da média em Campo Grande e feito a umidade relativa do ar despencar. Para diminuir os efeitos sobre o corpo, a principal recomendação médica é reforçar a hidratação.

“Quem mais sofre são as crianças e os idosos, esses têm que manter uma atenção especial, principalmente com relação a hidratação. Porque o clima seco evapora mais o suor e desidrata o corpo, você perde líquido mais rápido. Sendo assim, a hidratação é fundamental para todos”, explica o médico do Trabalho, Eduardo Augusto de Franca Nanni.

Os efeitos desse pico de temperatura podem ir além do mero desconforto. É possível desenvolver quadros de hipertermia e insolação, que podem até mesmo causar a morte – especialmente entre populações mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Em razão das condições climáticas atuais de atenção, bem como a previsão da permanência da baixa umidade relativa do ar para os próximos dias, na Águas Guariroba, concessionária de abastecimento de água e tratamento de esgoto de Campo Grande, todos os colaboradores foram orientados a reforçar a hidratação. 

“Solicitamos atenção redobrada junto as equipes no que diz respeito a hidratação e proteção da pele. Inclusive, todos os gestores já foram orientados a subsidiar os recursos necessários para que de forma individual e/ou coletiva, todos os colaboradores estejam assistidos”, pontuou o supervisor de segurança no trabalho da concessionária, Wodon Furtado.

Na Águas Guariroba, além de garrafas para consumo de água e bebedouro próximo das estações de trabalho, os colaboradores que trabalham em campo recebem protetor solar e acessórios para se protegerem do sol forte.

Para o operador do CCO (Centro de controle operacional), Felipe José Corrêa da Silva, a preocupação da empresa garante que os colaboradores mantenham os cuidados com a saúde. “Aqui na sala temos, inclusive, o umidificador de ar, o que deixa o ambiente muito mais confortável. Então, a gente fica tranquilo, porque está trabalhando em um ambiente saudável”, diz.

Onda de calor extremo requer reforço na hidratação para diminuir efeitos negativos sobre o corpo
Foto: Divulgação

A atuação de um bloqueio atmosférico e áreas de baixa pressão térmica na Argentina impedirá o avanço de frentes frias pelo país nos próximos dias, com exceção do estado do Rio Grande do Sul. Isso resultará em uma longa sequência de dias ensolarados e temperaturas acima do normal para esta época do ano na maior parte do país.

Em Mato Grosso do Sul, o calor será persistente e intenso, segundo o Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). Com a elevação das temperaturas a previsão é de que os termômetros marquem até 42°C. Em Campo Grande as temperaturas mínimas devem ficar entre 23°C e 26°C e máximas de até 38°C.

Aliada às altas temperaturas, a umidade relativa do ar deve ter baixos níveis, entre 10% a 20%. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices de umidade inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Quando eles se encontram abaixo de 30%, são acionados os alertas: de ATENÇÃO, quando está entre 21% e 30%; de ALERTA, entre 12% e 20%; e de EMERGÊNCIA, inferior a 12%.