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Nova usina de etanol de milho de MS vai começar a funcionar ainda em 2023

A nova usina de etanol de milho que está em construção na cidade de Maracajú deve entrar em operação até o final deste ano. Pelo menos foi essa a garantia que o presidente da empresa Neomille, Nelson Motta, apresentou ao governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), durante a reunião de balanço dessa terça-feira (22), em Campo Grande, na sede da Governadoria.

A Neomille é um empreendimento da CerradinhoBio, maior complexo produtor de bioenergia da América Latina, com unidades industriais em Chapadão do Céu (GO). As obras foram iniciadas em 2022 e empregou 1,5 mil pessoas de forma direta, agora, a previsão é que com o início das atividades outros 500 empregos indiretos surjam com serviços terceirizados.

A usina está instalada às margens da rodovia MS-157, em uma área de 115 hectares. A meta de processamento anual é de 1,2 milhão de toneladas de milho ao final de todo o processo de implantação da usina, com a produção de 510 mil metros cúbicos/ano de etanol, além de subprodutos como o DDG, ou farelo de milho (310 mil toneladas/ano), gerar 100 Gigawatts de energia e produzir óleo de milho (22 mil metros cúbicos/ano).

A planta recebeu investimento de R$ 1,080 bilhão e quando estiver concluída deverá gerar 180 empregos diretos. “Nós tivemos a informação de que as obras caminham para finalização. Está dentro da estratégia do Estado de fazer uma agregação de valor as suas matérias-primas. E aliado ao crescimento econômico, também temos a geração de empregos”, comentou o governador.

A expectativa é que passe a funcionar a partir de dezembro. “Nós vamos moer 600 mil toneladas de milho, já estamos recebendo e estocando. A mesma coisa com cavaco de eucalipto que é o que vai tocar as nossas caldeiras. A gente já está recebendo e são 250 mil toneladas por ano”, disse o presidente Nelson Motta.

Etanol de milho 

Nova usina de etanol de milho de MS vai começar a funcionar ainda em 2023
Foto: Saul Schramm

Em abril deste ano, levantamento da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), repassado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), apontou que a produção de etanol de milho em Mato Grosso do Sul na safra 2022/23 foi a segunda maior do Brasil.

A entidade apontou que a produção de apenas uma usina em operação no Estado correspondeu a 21,91% do volume de etanol de milho produzido no País na safra do ano passado.

Foram 0,71 milhões de metros cúbicos produzidos em Mato Grosso do Sul na safra 2022/23, dentro de uma produção total de 4,38 milhões de metros cúbicos do combustível no Brasil. Segundo a Unem, a estimativa para a safra 2023/24 é de 1,14 milhões de metros cúbicos de etanol de milho produzidos ainda por apenas uma das usinas de etanol instaladas no Estado – a Inpasa, em Dourados.

Além de Mato Grosso do Sul, outros quatro estados brasileiros produzem etanol de milho, hidratado e anidro. Mato Grosso lidera o ranking da produção do biocombustível, seguido por MS, GO, PR e SP. Ao todo, o país já conta com 20 usinas de etanol em operação com capacidade instalada de 6 milhões de metros cúbicos na safra 2023/24.

A produção total de etanol em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Biosul, na safra 2022/23 chegou a 3,2 bilhões de litros, volume 33% maior em relação à safra passada, já com a participação do etanol de milho.

Os investimentos atraídos pela administração estadual para a instalação de usinas de etanol de milho em Mato Grosso do Sul, ajudam a ampliar e fomentar a diversificação da matriz energética a partir de fontes de energia limpa e renovável no Estado, contribuindo para atingir a meta de tornar Mato Grosso do Sul um território Carbono Neutro até 2030.