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Jovem que matou e esquartejou jogador de futebol em crime bárbaro na cidade de Sete Quedas é preso

Foi preso na tarde dessa quarta-feira (16) o jovem de 19 anos que estava sendo procurado por participação no assassinato do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, também de 19 anos, em crime ocorrido no dia 25 de junho em uma fazenda da cidade de Sete Quedas, na região de fronteira com o Paraguai.

Danilo Alves Vieira da Silva é o principal suspeito de assassinar e esquartejar a vítima. Segundo a Polícia Civil, ele estava escondido em residência na cidade de Iguatemi, cidade vizinha de Sete Quedas. Ainda não há informações de como as autoridades chegaram até o esconderijo, porém, o delegado Eduardo Ferreira de Oliveira, rsponsável pela prisão, adiantou que não houve confronto.

Danilo estava sozinho e não ofereceu resistência. Na conversa com os policiais, o assassino disse que já estava naquele local há pelo menos quatro semanas. No momento da prisão, um advogado se apresentou como sendo o responsável pela defesa do autor e acompanhou o trabalho da Polícia Civil.

O jovem foi alvo de um mandado de prisão preventiva que já tinha sido expedida pelo juiz Mateus da Silva Camelier, substituto na Vara Única de Sete Quedas, no dia 1º de agosto. A ex-namorada da vítima e atual de Danilo, de 23 anos, está presa como co-autora e aguarda pelo julgamento do caso.

O caso

O atleta desapareceu na madrugada do dia 25 de junho, mas só foi registrado no dia 26 de junho pela mãe Eliana Skulny. Após sete dias de muitas buscas e mobilização até da cantora Ana Castela para encontrar o jogador, partes foram encontrado no dia 2 de julho no rio Iguatemi, em Sete Quedas.

Os restos mortais foram encontradas durante uma operação de força-tarefa e o reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de dois anos.

Conforme a investigação, grande quantidade de sangue foi encontrada na casa da ex-namorada de Hugo e no local onde o atleta foi esquartejado, que é a fazenda dos parentes dela. Os vestígios de sangue foram achados durante a reprodução simulada do assassinato do jogador de futebol.

A dinâmica apontada por testemunhas indica que Hugo foi até a cada da sua ex-namorada no dia 25, onde encontrou o atual namorado dela, Danilo, e ela juntos. Os dois meninos teriam brigado, até que o segundo deu pelo menos três tiros contra a vítima, que caiu no chão ainda viva.

Em segunda, o corpo foi levado para a fazenda, esquartejado e jogado no rio para dificultar a investigação. Desde o desaparecimento até o dia em que as partes do corpo foram localizadas, 17 pessoas foram ouvidas e seis mandados de busca e apreensão realizadas, recolhendo elulares e objetos possivelmente utilizados para esquartejar o jogador.

Na coletiva, a polícia apontou uma terceira peça ao caso, um rapaz identificado apenas como Clayton e que presenciou a morte de Hugo. Ele estava na casa e viu quando a vítima foi morta. “A colaboração da testemunha foi peça-chave no encontro dos restos mortais de Hugo. A partir desse momento, tínhamos a certeza de estávamos lidando com um homicídio”, declarou o delegado Marcos Werneck, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

A investigação apontou os seguintes crimes: ocultação de cadáver e fraude processual. “Nesse momento, temos elementos para afirmar que se tratava de delito premeditado. Identificamos a qualificadora do recurso que dificultou, no caso, especificamente, tornou impossível a defesa da vítima e identificamos a participação de Rúbia como coautora”, afirmou Werneck.