Com blitze educativas nas ruas e terminais, agentes reforçam medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti
Durante toda a semana, as ações de conscientização sobre a medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti estão sendo intensificadas em diferentes regiões de Campo Grande. Os servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) estão percorrendo os terminais do transporte coletivo, comércios e principais cruzamentos das ruas e avenidas dos bairros fazendo a entrega de material informativo e reforçando à população o alerta para os cuidados com a Dengue.
A mobilização teve início na última segunda-feira (07), concomitantemente ao Dia D de Combate à Dengue realizado na Praça Ary Coelho, região Central. A ação atraiu centenas de pessoas e reuniu inúmeros parceiros.
Os trabalhos estão sendo conduzidos pelos supervisores gerais dos Agentes de Endemias e dos Comunitários de Saúde de cada região, juntamente com os diretores distritais e gerentes, tendo o planejamento do serviço de Educação em Saúde da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau (CCEV).
Para o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, estas ações desempenham um papel crucial na prevenção e combate às arboviroses, como a dengue, zika e chikungunya. “Desta forma estamos buscando não apenas conscientizar a população sobre os riscos dessas doenças transmitidas por mosquitos, mas também promover uma mudança de comportamento que é fundamental para a redução do vetor e, consequentemente, da transmissão”, destaca.
Durante as blitze, as equipes se mobilizam para orientar a população sobre medidas simples, porém eficazes, que podem ser adotadas em casa e nos arredores para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Além disso, essas ações também oferecem uma oportunidade valiosa para esclarecer dúvidas, desmistificar informações equivocadas e reforçar a importância do engajamento de cada cidadão nessa luta.
“A educação é um dos pilares mais poderosos na prevenção de arboviroses. Quando as pessoas compreendem os hábitos de reprodução do mosquito e o impacto das doenças que ele transmite, estão mais propensas a adotar práticas que minimizem a proliferação do vetor. Essa conscientização não só protege a saúde individual, mas também contribui para a saúde coletiva, uma vez que a redução da transmissão beneficia a comunidade como um todo”, complementa o secretário.
Cenário epidemiológico
Do dia 01 de janeiro a 01 de agosto foram notificados 14.160 casos de dengue e cinco óbitos provocados pela doença. No mesmo período, foram confirmados seis casos de Zika e oito de Chikungunya.
No último bimestre (junho e julho), houve uma redução de cerca de 80% em relação às notificações, comparando com os dois meses anteriores. Em junho foram 610 casos e em julho 333 casos notificados. Enquanto que em maio foram 2.847 e abril 3.630 casos.
Ações estratégicas
A redução expressiva no número de casos de dengue em Campo Grande é reflexo do trabalho que vem sendo executado nas sete regiões e distritos do município, além de ações estratégicas que envolvem a sensibilização da população, monitoramento de áreas de risco, visitas domiciliares, remoção de materiais inservíveis e de potenciais criadouros do mosquito e eliminação de focos.
No início do ano, a Prefeitura de Campo Grande lançou uma megaoperação, denominada “Operação Mosquito Zero”, que ao longo de quatro meses percorreu as sete regiões urbanas e distritos do município. Foram mais de 80 mil imóveis vistoriados, toneladas de materiais inservíveis recolhidos e centenas de focos do mosquito Aedes aegypti eliminados.
Paralelo à Operação Mosquito Zero, o trabalho de rotina e monitoramento é intensificado com o uso das chamadas “Ovitrampas”, além da sensibilização e engajamento comunitário, através das ações de Educação em Saúde nas escolas públicas e privadas e empresas.
O município também apostou na instituição e fortalecimento de parcerias, ampliando a adesão ao projeto “Colaborador Voluntário”, que tem o objetivo de instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção, evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico..