Engenharia de trânsito e ações educativas ajudam a diminuir número de óbitos por acidente na Capital
O primeiro semestre de 2022 registrou 10 óbitos de pedestres, enquanto que em 2023, no mesmo período, foram 5 óbitos. O número de óbitos de motociclistas registrados de janeiro a junho de 2022 foram de 31, enquanto que em 2023 foram de 21. Os dados são do Gabinete de Gestão Integrada de Mobilidade Urbana de Campo Grande (GGIT).
“Esses números levam em conta não somente as mortes no local, mas também os que sofrem o acidente e morrem no caminho para o hospital ou dias depois”, explica o especialista em Psicologia no Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Renan Soares Júnior.
Ainda de acordo com Renan, a sensação de mais óbitos neste ano é em decorrência delas terem ocorrido em um período muito próximo. “Mas os dados estão para nos mostrar os reais parâmetros”, conclui.
Além das ações educativas realizadas pelo Departamento de Educação para o Trânsito, a redução nos números está diretamente ligada ao investimento em engenharia de trânsito com readequações viárias, sinalizações horizontais e verticais, os 182 novos cruzamentos semaforizados nas sete Regiões Urbanas da cidade, o Centro de Controle Integrado e Mobilidade Urbana, além das constantes fiscalizações.
“O trânsito é um conjunto. Nós realizamos as intervenções na via, com o objetivo de melhorar a fluidez e a segurança no trânsito, trazemos projetos educativos e fiscalizamos para que a população obedeça às leis de trânsito, pelo bem de todos”, lembra o diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno.
A Agetran realiza rondas para fiscalizar irregularidades no trânsito e coibir possíveis infrações. Frequentemente acontecem blitz em parceria com o Detran, Guarda Civil Metropolitana e Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPMTRan).
Para o Gerente de Fiscalização no Trânsito, Carlos Guarini, a redução é um indicativo de que as pessoas estão tomando consciência principalmente em relação à velocidade. “A velocidade além do limite permitido mata. Não há tempo de resposta e quanto mais alta a velocidade, menor a chance de sobrevivência no caso de um acidente”, ressalta.