Polícia procura por jovem que matou e esquartejou jogador de futebol em Sete Quedas
A polícia divulgou um número de telefone para receber informações que possam levar à prisão de Danilo Alves da Silva, de 19 anos, responsável pelo assassinato e esquartejamento do jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, também de 19 anos. A ex-namorada da vítima e atual do autor, de 23 anos, já está presa como co-autora.
As informações sobre o caso foram apresentados nessa sexta-feira (07) em uma coletiva de imprensa na Câmara Municipal de Sete Quedas, onde partes do corpo foram encontrados no Rio Iguatemi, que passa nos fundos de uma fazenda pertencente aos famíliares da jovem.
O mandado de prisão em desfavor de Danilo foi expedido na quarta-feira (5), porém, ele não estava mais nos endereços conhecidos das autoridades e pode ter fugido para o Paraguai. A Delegacia de Sete Quedas disponibilizou um número de telefone para que a população faça denúncias anônimas: (67) 3479-1480.
Conforme a investigação, grande quantidade de sangue foi encontrada na casa da ex-namorada de Hugo e no local onde o atleta foi esquartejado, que é a fazenda dos parentes dela Os vestígios de sangue foram achados durante a reprodução simulada do assassinato do jogador de futebol., realizada nesta semana. A jovem foi presa na terça-feira (04).
A dinâmica apontada por testemunhas indica que Hugo foi até a cada da sua ex-namorada no domingo (25), onde encontrou o atual namorado dela, Danilo, e ela juntos. Os dois meninos teriam brigado, até que o segundo deu pelo menos três tiros contra a vítima, que caiu no chão ainda viva.
Em segunda, o corpo foi levado para a fazenda, esquartejado e jogado no rio para dificultar a investigação. Desde o desaparecimento até o dia em que as partes do corpo foram localizadas, no domingo (02), 17 pessoas foram ouvidas e seis mandados de busca e apreensão realizadas, recolhendo elulares e objetos possivelmente utilizados para esquartejar o jogador.
Na coletiva, a polícia apontou uma terceira peça ao caso, um rapaz identificado apenas como Clayton e que presenciou a morte de Hugo. Ele estava na casa e viu quando a vítima foi morta. “A colaboração da testemunha foi peça-chave no encontro dos restos mortais de Hugo. A partir desse momento, tínhamos a certeza de estávamos lidando com um homicídio”, declarou o delegado Marcos Werneck, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).
A investigação apontou os seguintes crimes: ocultação de cadáver e fraude processual. “Nesse momento, temos elementos para afirmar que se tratava de delito premeditado. Identificamos a qualificadora do recurso que dificultou, no caso, especificamente, tornou impossível a defesa da vítima e identificamos a participação de Rúbia como coautora”, afirmou Werneck.
O caso
O atleta desapareceu na madrugada do dia 25 de junho, mas só foi registrado na segunda-feira (26) pela mãe Eliana Skulny. Após sete dias de muitas buscas e mobilização até da cantora Ana Castela para encontrar o jogador, partes foram encontrado no domingo (2) no rio Iguatemi, em Sete Quedas.
Os restos mortais foram encontradas durante uma operação de força-tarefa e o reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de dois anos. As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) de Ponta Porã, onde passou por necropsia e foi liberado nesta sexta-feira (7) para enterro.