Imóvel alvo da Denar era usado como cativeiro para casal de usuários de drogas
Em entrevista à imprensa na tarde dessa quinta-feira (15), o delegado Roberto Oliveira Guimarães, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), deu novos detalhes da prisão de um casal e do resgate de outro que estava sendo mantido como presioneiro dentro de uma casa situada na Rua Cáceres, no bairro Vila Palmira, em Campo Grande.
Segundo ele, mais cedo foi informado de forma anônima que um casal estava sendo mantido como refém dentro de uma casa. Para averiguar os fatos, um monitoramento passou a ser feito pela equipe. Em determinado momento, um homem de 35 anos foi flagrado chegando ao local e, ao ver a presença da polícia, correu para os fundos.
Apesar da tentativa de fuga, ele acabou alcançado e preso. A esposa dele, de 32 anos, estava dentro da casa e também foi presa em flagrnte. Durante a vistoria do imóvel, em uma edícula, havia mais as duas pessoas, sendo dois homens de 49 e 23 anos. Segundo o delegado, chamou a atenção o fato deles estarem em situação subumana, com comida no chão e local sujo.
Abordados pelos policiais, o mais velho deles disse que era usuário de drogas e que alugava a edícula para consumir e que o outro rapaz era o seu namorado. Entretanto, disseram que há pelo menos 30 dias estavam sendo mantidos prisioneiros pelos donos da casa, sendo ainda que sempre que tentavam fugir eram dopados com entorpecentes.
O movtivo para o cárcere privado é que o médico fazia transferências em dinheiro para a mulher. Foram cerca de R$ 20 mil. Na casa, quatro crianças foram encontradas e seriam todas filhos do homem de 35 anos. Um familiar esteve na casa e levou todos embora com ele. O casal foi preso e levado para a Denar acompanhado por um advogado.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelo caso, o casal não morava no imóvel, mas frequentava o local. Dos dois, o homem já tem passagens por tráfico e a mulher investigada por ser responsável por um hotel usado por usuários de drogas. Na casa, foram apreendidas cinco porções de pasta base de cocaína (66,70 g), duas porções de maconha (37,10 g), balança, telefones, uma motocicleta e máquina de cartão.
As vítimas negaram ajuda médica e optaram por voltar para casa. Os dois são residentes na cidade de Ponta Porã.