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Já com uma morte no trânsito acumulada, médico flagrado bêbado em novo acidente vai continuar preso

O residente médico de 29 anos preso em flagrante por provocar um acidente de trânsito na última quinta-feira (08), em Campo Grande, teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça ao passar por audiência de custódia hoje (09). No sinistro, ele estava dirigindo embriagado.

Pesou em seu desfavor o fato dele já estar condenado a 2 anos de prisão em decorrência de um homicídio que também aconteceu por conta de um acidente de trânsito, em 2017. Este aconteceu na Avenida Afonso Pena e o residente também estava sob o efeito de álcool. A vítima faleceu e o filho dela, então com três anos, ficou ferido. Há ainda um outro processo por lesão corporal datado de 2017, mas em janeiro, que também consta embriaguez dele.

De acordo com a juíza Eucélia Moreira Cassal, responsável pela audiência de custódia, o autor “encontra-se em franca reiteração criminosa” e que condenações por crimes de trânsito anteriores não foram suficientes para conter “novos delitos”. A juíza ainda entendeu que mantê-lo em liberdade seria um incentivo para que continuasse trafegando e colocando outras pessoas em risco.

A colisão de quinta-feira aconteceu no cruzamento das ruas Doutor Paulo Machado e Arquiteto Rubens Gil de Camilo. O autor alega que a vítima avançou o sinal vermelho e provocou a batida, porém, testemunhas e a própria mulher sustentam que ele estava seguindo em alta velocidade pela rua Dr. Paulo Coelho Machado com sua caminhonete modelo Amarok e fazendo manobras em zigue-zague, além de estar visivelmente bêbado.

Devido a força da batida, o veículo que a mulher dirigia, modelo Toyota Corolla, foi arremessado para cima do canteiro, ficando completamene destruído. Os bombeiros levaram 40 minutos para conseguir retirar a vítima das ferragens. Ela fraturou o quadril e já está em casa se recuperando do acidente, mas deve passar por uma cirurgia em breve.

Aos policiais, durante o atendimento da ocorrência, o residente médico disse que ficou no local do acidente prestando socorro sem fugir, mas confessou que havia ingerido bebidas alcoólicas antes de sair com o carro. O boletim de ocorrência cita que ele apresentava sonolência, olhos vermelhos, roupas em desalinho e odor etílico. A CNH dele estava vencida desde 2017, por conta da morte provocada naquela batida.