Celebrar o Dia de Corpus Christi é testemunhar a fé cristã, diz Dom Dimas

Para muitos católicos, a celebração de Corpus Christi é a data mais importante do calendário, superando até mesmo outros eventos litúrgicos e bíblicos, como o Natal, atribuído ao nascimento de Jesus Cristo, e a Páscoa, que faz referência a libertação do povo de Israel do Egito e, ao mesmo tempo, à Paixão de Cristo, quando este ressuscitou do mundo dos mortos após ter sido pregado e morto em uma cruz.

Celebrado anualmente sempre na primeira quinta-feira seguinte ao chamado Domingo da Santíssima Trindade e 60 dias depois da festa da Páscoa, o Dia de Corpus Christi é quando os católicos reconhecem a presença real do corpo e do sangue de Jesus Cristo na comunhão, ou seja, no pão e no vinho que é tradicionalmente ofertado aos fiéis durante as missas.

Segundo explicou o arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, a data é o reconhecimento da religião e também um testemunho da própria fé. “No dia de hoje temos a oportunidade de darmos o testemunho da nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia”, citou à imprensa ao comentar sobre a importância da data.

O rito do Corpus Christi é muito antigo e foi escrito pelo santo Tomas de Aquino a pedido do papa Urbano 4º, exatamente no dia 8 de setembro de 1264, quando este publicou uma bula papal sobre o tema, chamada de “Transiturus”. Entretanto, o papa faleceu em outubro do mesmo ano e a comemoração só foi retomada décadas depois, por meio do Concílio de Vienne, em 1311.

No Brasil, é tradição no dia de Corpus Christi a confecção de tapetes em ruas e avenidas das cidades usando materiais orgânicos e recicláveis. No final do dia, após a Santa Missa, o padre e demais lideranças religiosas caminham sobre os trabalhos em procissão que faz alusão à caminhada do “povo de Deus” em busca da Terra Prometida.

“A procissão é um grande símbolo deste dia, é o povo de Deus a caminho, com Jesus Cristo e Nossa Senhora Aparecida conosco”, detalhou Dom Dimas sobre o rito que marca a celebração.

A peregrinação começa na Praça do Rádio e segue pela Avenida Afonso Pena até o cruzamento com a Rua 13 de Maio, acessando a Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Calógeras. Ao término da procissão, um show será relizado com a banda Missionário Shalom.