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Nota de R$ 1 é mais popular que a de R$ 200

Não é todo dia que pegamos uma nota de R$ 200 na mão. Talvez seja por essa razão que essa cédula não é tão comum no país. O lobo-guará chegou ao mundo das moedas em setembro de 2020, mas ainda não é abundante nas carteiras dos brasileiros. Ele chega a ser mais raro do que os animais “extintos”.

Atualmente, existem apenas 124,8 milhões de notas de R$ 200m que somam R$ 24,96 bilhões, em circulação no país. Dados do Banco Central (BC) apontam que esse número é menor do que a quantidade de cédulas de R$ 1 que ainda existem (148,65 milhões). É importante ressaltar que esse papel não é impresso desde 2005.

Segundo o Banco Central, “o ritmo de utilização da cédula de 200 reais vem evoluindo em linha com o esperado, e deverá seguir em emissão ao longo dos próximos exercícios.”

Os quase R$ 25 bilhões em cédulas de R$ 200 correspondem a 7,86% de todo o valor em espécie que circula no país, de R$ 317,34 bilhões.

Circulam hoje no país 1,771 bilhões de cédulas de R$ 100, somando R$ 177,14 bilhões em valor. Já as 1,769 bilhões de notas de R$ 50 somam R$ 88,48 bilhões e a terceira cédula mais comum, de R$ 2, gera um valor de R$ 3,13 bilhões em circulação.

Ranking de cédulas em circulação no país

ColocaçãoCédulaQuantidadeValor total
R$ 1001.771.418.856R$ 177.141.885.600,00
R$ 501.769.640.280R$ 88.482.014.000,00
R$ 21.565.880.399R$ 3.131.760.798,00
R$ 20703.443.629R$ 14.068.872.580,00
R$ 5667.385.864R$ 3.336.929.320,00
R$ 10607.261.659R$ 6.072.616.590,00
R$1148.658.126R$ 148.658.126,00
R$ 200124.803.129R$ 24.960.625.800,00

Fonte: Banco Central

Ausência de circulação de dinheiro em espécie

Existem diversas razões que podem explicar a ausência da circulação do dinheiro pelo Brasil. Uma delas é a diminuição do poder aquisitivo da população, que tem cada vez menos grana disponível para gastar.

Outra possível explicação é a popularização do Pix, lançado poucos meses depois da nota de R$ 200. Esse sistema de transferências instantâneas e gratuitas ganhou muitos adeptos rapidamente, o que reduziu ainda mais o uso de dinheiro em espécie.

Cartões, movimentações bancárias e pagamentos virtuais já estavam diminuindo o uso de notas ao longo dos anos. A expectativa é que, ao longo dos anos, seja cada vez menos frequente o uso de cédulas de papel como forma de pagamento.