Com reeleição em jogo, Adriane Lopes se torna peça cobiçada no cenário eleitoral de 2024
Ainda sem saber se estará presente na disputa do cargo mais importante do pleito que está por vir, a atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, começou a desfilar o seu nome no palco de outros partidos políticos. Nesta última semana, inclusive, o noticiário especializado no assunto palpitou o avanço dela para junto ao PL, conhecida sigla que carrega como figura ilustrativa o ex-presidente Jair Bolsonaro, ou o PP, que traz regionalmente a foto da senadora Tereza Cristina como a grande arquiteta responsável pelo crescimento da legenda em Mato Grosso do Sul.
No tabuleiro das intenções, Adriane Lopes ainda tem andado poucas casas e não demonstra para qual direção pretende seguir rumo ao destino final. Impossibilitada de concorrer novamente ao cargo de vice-prefeita, pois vem de dois mandatos seguidos tendo como titular o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), ela poderá disputar a eleição de 2024 para a prefeita, buscando assim a reeleição e se beneficiando do fato de já estar no ‘controle da máquina’, ou investir em algo novo concorrendo para vereadora, possibilidade essa considerada dificil, porém, real.
Há quem diga que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que agora é o presidente de honra do PL Nacional, entrou em contato com a prefeita Adriana Lopes convidando-a para ingressar na sigla. Segundo uma assessoria de imprensa que distribuiu release por ai, Bolsonaro vê nela “uma importante aliada em sua empreitada política, que tem como principal objetivo eleger pelo menos 60% dos prefeitos nas eleições municipais de 2024”. Hoje, o PL conta com 13 senadores e 99 deputados federais e venceu a eleição presidencial em Mato Grosso do Sul por 59,49%, contra 40,51% de Lula (PT).
A mesma assessoria destacou que a senadora Tereza Cristina também se movimentou para atrair Adriane Lopes para o PP, que tem seis senadores e 47 deputados federais. Considerada a senadora mais votada da história de MS, com 829 mil votos, e uma das mais importantes ministras do governo Bolsonaro, Tereza tem buscado expandir a influência de seu partido no Estado e vê em Adriane uma oportunidade de ampliar sua representatividade na Capital, que ainda é considerade precária.
Adriane Lopes deve buscar por um vice forte para impulsionar a sua chapa, caso queira mesmo pleitear a reeleição. Neste campo de possibilidades, se optar por ingressar ao PL, o ‘zum zum’ que ecoa hoje nos bastidores da política é a indicação do deputado estadual Coronel David, outra figura política que sempre sonhou em administrar Campo Grande. Agora, se optar por vestir a camisa do PP, ela deverá receber como colega de chapa uma indicação vinda de outro partido, o PSDB, fiel aliado deste em MS, onde o nome citado nas rodas de conversa é do Carlos Alberto de Assis, hoje diretor-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos de MS.
A saída de Adriane Lopes do Patriota seria uma consequência da eventual fusão da sigla com o PTB, prevista para acontecer desde o primeiro turno do pleito de 2022, quando nenhuma das duas legendas conseguiu atingir a meta prevista para o Congresso Nacional, perdendo recursos financeiros e mídia. Além dela, o esposo e atual deputado estadual Lídio Lopes, que é o presidente do diretório estadual do Patriota, também deve assinar com uma nova legenda. Ambos não concordam com a fusão, que dará vida a um novo partido intitulado como ‘Mais Brasil’.