Gerson propõe programa para uso do Gás Natural Veicular no transporte coletivo
O Governo do Estado, através da MSGAS, começou a formatar um programa de incentivo a substituição dos ônibus a diesel por modelos de veículos que já saem da montadora com o motor ciclo Otto movido a gás natural ou biometano, ou a mistura de ambos. O projeto foi proposto pelo deputado Gerson Claro presidente da Assembleia Legislativa. Há oferta abundante de GNV (Gás Natural Veicular) em Mato Grosso do Sul por onde passam pelo gasoduto diariamente 19 milhões de metros cúbicos de gás importado da Bolívia.
O uso do gás natural é menos poluente, emite 20% a menos de dióxido de carbono, responsável pelo efeito estufa. Os benefícios também estão ligados diretamente à saúde da população. A diminuição de óxidos de nitrogênio (NOx) é de quase 90% e a de material particulado chega a 85%. Os efeitos são de curto prazo, com um menor índice de doenças cardiovasculares e de perda de produtividade causada por esses poluentes.
O deputado apresentou indicação, aprovada pela Assembleia, em propõe que o Governo estabeleça como contrapartida das prefeituras beneficiadas com repasses para o custeio das gratuidades do transporte coletivo, a troca gradativa das frotas de ônibus a diesel por veículos a GNV como o modelo que desde fevereiro está sendo testado na linha São José / Guadalupe, percorrendo diariamente um trajeto de mais de 280 quilômetros entre São José dos Pinhais e Curitiba.
O modelo testado é o K 280 4×2, da Scania, que tem propulsor de 280 cavalos de potência, motor Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e é movido 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos. Não é convertido do diesel para o gás, tem desempenho consistente e força semelhante ao similar a diesel, além de ser mais silencioso. Para o ônibus em teste, foram instalados oito cilindros de gás na lateral dianteira com uma autonomia de 300 km. O modelo tem 14 metros de comprimento e capacidade para 86 passageiros
De acordo com a fabricante, a segurança é total em caso de acidentes. Os cilindros, feitos com ogivas de mísseis, e as três válvulas do veículo são certificados pelo Inmetro. Em caso de incêndio ou batida, o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão, ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel, pois o líquido fica no chão ou pode se espalhar ao longo da carroceria.
“Esta experiência curitibana ,de colocar um veículo teste , pode ser trazida para Campo Grande, que só neste ano R$ 10 milhões, recurso para garantir a gratuidade dos estudantes das escolas estaduais”, afirma o deputado que desde 2019, vem propondo programas de incentivo ao consumo do gás natural, um combustível menos poluente que o diesel, além de ter um custo menor. Nesta sexta-feira, o Governo vai lançar um conjunto de ações(isenção do IPVA e de taxas) para os proprietários que fizeram a conversão dos veículos a gasolina e álcool para o GNV.