Com planejamento, Campo Grande pode se tornar referencial na Rota Bioceânica
As estratégias de planejamento serão o diferencial para que os municípios sul-mato-grossenses sejam efetivamente inseridos e beneficiados com a Rota Bioceânica, que vai mudar a configuração logística da América do Sul. Neste contexto, Campo Grande pode ser um referencial como um importante centro de distribuição dos produtos. Esse e outros desafios para se posicionar diante desse corredor rodoviário foram abordados pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), durante palestra no 6º Seminário “Cidades Brasileiras: desejos e possibilidades”, realizada na última quinta-feira (27), no auditório da Famasul.
Jaime Verruck representou o governador Eduardo Riedel no evento e lembrou que a Rota Bioceânica está avançando, tanto no lado do Paraguai quanto do Brasil com quase 20% da ponte sobre o rio Paraguai já sendo executada entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Em sua palestra, ele apresentou as potencialidades da Rota, principalmente para os municípios de Mato Grosso do Sul, entre eles Campo Grande.
Segundo o titular da Semadesc, a Rota traz uma mudança na geopolítica da América do Sul, na produção e comercialização de produtos. “Aí começamos a ter a dimensão da magnitude do projeto. Estamos criando uma alternativa para escoar a produção brasileira de atingir o maior mercado do mundo que o asiático para os nossos produtos que era colocado pelo Panamá colocado pelo corredor rodoviário”, enfatizou.
No entanto, para que os municípios tenham ganhos neste projeto será preciso infraestrutura de mercado, logística e muito planejamento. “Precisamos de diretrizes e direcionamento para aproveitar a oportunidade que será única para os municípios do Estado, assim como as cidades do Chaco Paraguaio o Norte da Argentina e o Chile. Mas precisamos de infraestrutura e planejamento”, frisou o secretário.
O Seminário, que termina nesta sexta-feira (28), tem objetivo de proporcionar troca de experiências, disseminação de ideias, proposição de inovações e a ampliação de conhecimento sobre o tema. O evento é de abrangência nacional e visa dar oportunidade para os agentes públicos e toda a sociedade aprofundarem seus conhecimentos em temas urbanísticos, ambientais e gestão democrática.
O evento está abordando as temáticas: Rota de integração latino-americana; Rota Bioceânica; Intersetorialidade e interação na gestão pública; Cidades pós-pandemia; Mudanças climáticas; Desafio da infraestrutura da cidade e a Mobilidade Urbana. “É Campo Grande se posicionando como o centro da Rota, montando projetos e estratégias para ter protagonismo neste processo. O Estado é parceiro da Capital e incentivador desta evolução”, finalizou Jaime Verruck.