Mato Grosso do Sul está próximo de bater a marca de 300 casos de febre chikungunya
O novo boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde (SES), publicado nesta quarta-feira (12), aponta que 45 novos casos da febre chikungunya foram confirmados no período de uma semana em Mato Grosso do Sul, com isso, o total contabilizado desde o início do ano é de 293 pessoas. Até agora, nenhuma morte provocada pela doença foi confirmada ou está sendo investigada.
Com relação aos casos prováveis, que leva em consideração tanto os que já foram confirmados quanto aqueles que ainda estão aguardando o resultado dos exames laboratoriais, foram 491 novas notificações no período, somando agora 2.795. Além desses, outros 1.445 casos foram descartados pela SES.
Houve aumento também no número de cidades consideradas com alta incidência para a doença, de quatro para sete (Brasilândia, Maracaju, Cassilândia, Nioaque, Ponta Porã, Mundo Novo e Coronel Sapucaia). Agora, 47 cidades possuem ao menos um caso em investigação – dois a menos que o boletim anterior.
Com relação aos municípios com mais casos de febre chikungunya registrados até agora, Ponta Porã continua na frente com 238 infectados, sendo 34 ao longo desta última semana. Em seguida aparece Maracaju, com 12, Campo Grande, com sete, Amambai, seis, Dourados e Paranhos, com cinco cada, Bela Vista, três, Cassilândia, Mundo Novo, Nioaque, Nova Andradina e Rio Negro, com dois casas cada uma, e Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, Corumbá, Itaquiraí, Sidrolândia e Três Lagoas com um caso.
Para ver o boletim na íntegra clique aqui.
Entenda a doença
A Febre Chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos.
Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
Os sintomas iniciam entre dois e 12 dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado.
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos.
Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia.