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Abandonado no centro, Hotel Campo Grande pode virar residencial popular

Um projeto arquitetônico da Prefeitura Municipal quer transformar o antigo Hotel Campo Grande, no centro da cidade, num grande condomínio residencial popular. A proposta, orçada em R$ 38 milhões, foi apresentada nesta segunda-feira (19) pelo prefeito Marcos Trad ao ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, durante agenda em Brasília (DF).

De acordo com as informações, a proposta visa ‘dar mais vida’ ao antigo centro da Capital. O projeto é de 2018, o plano do gestor é incluir a iniciativa dentro do programa Pró-Moradia, do Governo Federal, e que proporciona a desapropriação de prédios abandonados. “Temos o Hotel Campo Grande [abandonado], com 260 aposentos, que estão sendo carcomidos pelas traças e ferrugens.”, citou o prefeito.

O Hotel Campo Grande foi construído em 1971 pela Família Coelho, na época, ficou conhecido por ser o estabelecimento hoteleiro mais luxuoso do sul de Mato-Grosso, com 82 apartamentos e duas suítes. O local está fechado há 18 anos. Neste meio período, a parte térrea já abrigou de lojas à boate.

No projeto, serão construídas 260 unidades habitacionais de 30 metros quadrados cada. O térreo daria lugar a um setor de atendimento da Prefeitura e de uma base da Guarda Municipal. A fachada teria o desenho do rosto do poeta Manoel de Barros, morto em 2014. Dos R$ 38 milhões, R$ 25 milhões são para as obras arquitetônicas e R$ 13 milhões para a desapropriação.

O novo Hotel Campo Grande, de acordo com o projeto da Prefeitura (Foto: Reprodução maquete eletrônica)

Projetos habitacionais

A Prefeitura de Campo Grande já tem 588 unidades habitacionais pré-aprovadas pela Caixa Econômica Federal, que aguardam liberação do Ministério do Desenvolvimento. Além disso, deve fazer novos chamamentos públicos para mais de duas mil novas unidades a serem aprovadas pelo banco, que também dependerão de recursos do Governo Federal.

“Nós temos dois projetos: um para desapropriação do Hotel Campo Grande, com pedido de mais de R$ 13 milhões para esta finalidade, e o outro foi o Retrofit (programa de reforma) mais de R$ 23 milhões”, explica o diretor-presidente da EMHA, Enéas Netto.

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