Ministra da Mulher diz que MS receberá viaturas para a Patrulha Maria da Penha
Mato Grosso do Sul deve receber do Governo Federal 250 novas viaturas para serem usadas no programa ‘Patrulha Maria da Penha’, desenvolvido para dar suporte e garantir a segurança às vítimas de violência doméstica. O anúncio foi feito pela ministra da Mulher, Cida Gonçalves, que está cumprindo agenda pública nesta quinta e sexta-feira (30 e 31) em Campo Grande
Ao falar com jornalistas, ela também adiantou a possibilidade do Estado ter mais uma Casa da Mulher Brasileira (CMB), que é uma estrutura física onde são oferecidos vários serviços para as mulheres, tais como serviços jurídicos, defensoria pública, capacitação profissional e até mesmo atendimento policial por meio da Delegacia Especializada no Atendimento À Mulher (DEAM).
Atualmente, somente Campo Grande conta com a unidade que, inclusive, foi a primeira a ser inaugurada no País e desde então vem sendo usada como grande modelo. A nova Casa da Mulher deve ser instalada em Dourados, que é a segunda maior cidade de MS e onde há um grande número de ocorrências de feminicídio e violência doméstica.
Esse deve ser um dos assuntos que será tratado entre a ministra e o governador Eduardo Riedel (PSDB) na reunião prevista para a manhã de sexta-feira na governadoria. “Para abrir uma nova Casa da Mulher temos que pactuar com os poderes que vão administrar. Já existem vários projetos de construção, mas ainda não temos o município certo”, disse na coletiva.
Ao falar sobre políticas públicas para as mulheres sul-mato-grossenses, Cida Gonçalves citou que o Estado está na frente de outras unidades federativas principalmente pelo fato de já estar tipificando os crimes de violência contra mulher como sendo de feminicídio e lembrou que “a campanha contra o feminicídio vai além da prevenção”.
Em outro momento, a ministra disse que conseguiu aumentar em R$ 100 milhões o orçamento do seu ministério, passando de apenas R$ 23 milhões previstos até 2022 para os atuais R$ 123 milhões e citou que vai criar um programa de monitoramento para a defesa real da mulher. “Eu não sou adepta ao botão do pânico, onde a vítima fica sendo a responsável pelo monitoramento. Queremos um protocolo nacional para proteção de defesas das mulheres”, disse, falando sobre o uso das tornozeleiras eletrônicas como opção mais segura.
Por último, Cida Gonçalves convidou a população para participar de uma grande marcha contra a misoginia, que é a prática de agredir, degradar ou discriminar a mulher por preconceito ao sexo feminino. “Vamos convocar uma marcha nacional para enfrentar a misoginia. A luta contra misoginia não precisa ser só das mulheres, precisa ser de todos”, anunciou a ministra.