Corpo de Bombeiros fecha casa noturna de Corumbá após DJ fazer uso de sinalizador
Uma casa noturna foi interditada neste domingo (26), em Corumbá, após um DJ fazer uso de um sinalizador, o que é proíbido por lei. O episódio foi registrado na noite passada e uma pessoa teria passado mal devido a fumaça provocada pelo show pirotécnico.
Ao fazer a vistoria do imóvel nesta manhã, os militares decidiram pela interdição. A empresa foi notificada e multada, além de não poder abrir ao público até que as medidas de segurança sejam realizadas.
Segundo os bombeiros, entre as medidas que deverão ser tomadas estão a instalação de iluminações de emergência, sinalização e saídas de emergência, já que a barra anti-pânico foi danificada na confusão.
A casa foi multada na ordem de 1 mil UFERMS, o que corresponde a cerca de R$ 47,4 mil, pelo uso dos artefatos pirotécnicos. O responsável pelo local pode entrar com recurso e contestar a multa.
Ao site local Diário Corumbaense, o dono da casa noturna alegou que o espaço foi alugado por uma produtora de eventos e que ele não sabia que haveria uso de sinalizadores.
O DJ que fez o uso dos artefatos pirotécnicos não foi responsabilizado. Durante a sua apresentação, ele acendeu um sinalizador, o que provocou uma fumaça intensa dentro da casa de shows.
Ele se manifestou sobre os fatos através das redes sociais e pediu desculpas ao público, mas não reconheceu o erro. “Acabei usando artefatos legais, o que causou pânico nas pessoas por causa da fumaça. Peço desculpas a vocês”, disse ele, que é de Campo Grande.
Uma pessoa que estava no local sofreu uma crise asmática e precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Ele foi levado para a Santa Casa de Corumbá e passa bem, apesar do susto.
Vídeos que estão sendo compartilhados nas redes sociais mostram como a situação aconteceu. Em um deste é possível ver o exato momento em que o DJ sai do palco e vai para a pista de dança com o sinalizador e o balança, provocando faíscas e fumaça.
A Lei de nº 4.530 de 22 de maio de 2014 cita que é proibida a utilização de fogos de artifício, sinalizadores, artefatos pirotécnicos, efeitos especiais que produzam fagulhas ou faíscas, bem como a utilização de material incandescente, plásticos e espumas não autoextinguíveis, especialmente espuma acústica do tipo flexível de poliuretano-poliéter, ou material equivalente, em ambientes fechados de uso coletivo, público ou privado, destinados a eventos, no território de Mato Grosso do Sul.
A situação lembra a tragédia da Boate Kiss, de Santa Maria (RS), ocorrida no dia 27 de janeiro de 2013, quando uma banda fez uso de um sinalizador que provocou um incêndio, matando 242 pessoas e deixando 636 feridas.