Contra o causador da dengue, Operação Mosquito Zero já eliminou mais de 1,5 mil criadouros na região do Imbirussu
Em apenas uma semana, mais de 3,2 mil casas foram visitadas pelos agentes de combate às endemias na região do Imbirussu, em Campo Grande. A ação faz parte da Operação Mosquito Zero, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) para eliminar os focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika, da febre chikungunya e também da febre amarela.
De acordo com o balanço apresentado nesta quinta-feira (23) pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) referente aos trabalhos realizados de 15 a 22 de março, foram 1,5 mil depósitos do mosquito transmissor eliminados e 139 focos identificados. Ao todo, são 200 agentes públicos envolvidos nas visitações tanto das casas como também em terrenos.
Além do recolhimento e eliminação de materiais inservíveis potenciais criadouros do mosquito, os agentes de combate às endemias ainda fazem toda a orientação para os moradores quanto às medidas que podem ser tomadas como forma de prevenção, tais como evitar deixar lixo que possa acumular água no quintal, tampar a caixa d’água, colocar terra nos vasos de plantas, entre outras.
Para a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, a participação da população para evitar o aumento na proliferação do mosquito é muito importante. “Houve um aumento significativo nos casos de dengue em nosso município. E é fundamental que as pessoas se conscientizem sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte. Não basta o Poder Público agir. A guerra contra o mosquito depende de cada um de nós”, comentou.
Ela também lembrou de que um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. “Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água”, complementa.
No balanço geral da campanha Mosquito Zero, 47.683 imóveis já foram inspecionados, 35.108 depósitos recolhidos e 2.320 focos eliminados nas regiões Segredo, Anhanduizinho, Bandeira, Prosa e Lagoa. A campanha anterior, realizada em maio de 2022, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados.
Quando aos casos de dengue em Campo Grande, a Sesau aponta que já são 3.384 casos de dengue e um óbito provocado pela doença até o último boletim epidemiológico divulgado, no dia 21 de março. Em 2022, foram 17,2 mil casos e sete óbitos. A Capital tem cinco áreas classificadas com sendo de risco para infestação do Aedes aegypti, são elas: Vida Nova, Seminário, Coophavilla, Silvia Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios.