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No Dia da Mulher, Câmara recebe feira de empreendedoras

“Nosso objetivo principal é unir mulheres”, resumiu a fundadora do Coletivo Mulheres Empreendedoras, Rosane Nely de Lima, sobre o trabalho do grupo. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, 25 integrantes do Coletivo estão reunidas na Câmara Municipal de Campo Grande para comercializarem seus produtos.

A feira, que começou às 9 horas e segue até as 15 horas, acontece em espaços externo e interno do prédio da Câmara Municipal, sendo aberta ao público. Roupas, produtos de artesanato, bijuterias, cosméticos e produtos alimentícios estão entre os itens comercializados. A exposição integra a programação de eventos organizada pela Procuradoria Especial da Mulher da Casa de Leis para este mês de março.

“O projeto vai muito além de fomentar o empreendimento da mulher, é trabalhar a autoestima da mulher, mostrar a capacidade que ela tem”, destacou Rosane Nely. Ela citou o exemplo de mulheres com mais de 60 anos, que estavam frustradas após a aposentadoria, mulheres que estavam com depressão e até vítimas de violência doméstica. “Ajuda na renda, mas muito mais no emocional”, resumiu.

Rosane Nely lembrou que o Coletivo tem sido sua principal motivação também para enfrentar uma fase difícil. Há quatro anos, Rosane perdeu a filha vítima de câncer e, atualmente, está em tratamento contra doença. “Desde quando fiquei doente me agarrei ao projeto para me motivar a passar por essa fase. Vou passar com força total”, disse.

O Coletivo Mulheres Empreendedoras conta com 140 mulheres e hoje na Câmara Municipal são 25 expositoras. Há um revezamento para participação dos eventos. Quem quiser conhecer mais do projeto pode buscar o instagram @coletivomulheresempreendedoras ou falar com Rosane pelo 992873969.

Oportunidade

As feiras são oportunidade de venda e divulgação dos produtos pelas mulheres. Muitas começaram os empreendimentos na época da pandemia, quando sentiram a necessidade de melhorar a renda.

É o caso de Juliana e da mãe Suzelene Rodrigues, que na pandemia uniram seus talentos para montar um ateliê. Elas comercializam amigurumi (bonecos feitos de crochê) e roupas artesanais. “Precisa incentivar o artesanato. As pessoas ainda compram de empresas grandes, com produtos até mais caros que o nosso, que é exclusivo, feito a mão”, afirmou Juliana. Além das feiras, o trabalho pode ser visto no @jujubinhasmodainfantil.

Já Rose Libanori Gomes Camargo está pela primeira vez participando de feira para expor seus produtos. Ela tem uma loja física, em casa, onde vende produtos de beleza e cosméticos. Para Rose, é importante que órgãos públicos assegurem esses espaços para as empreendedoras. “Tem órgãos públicos, empresas que podem abrir esses espaços para divulgarmos e expormos nossos produtos”, disse. Ela atende pelo 996619736.

Para Joelma Medeiros, a maternidade foi a motivação para transformar em fonte de renda o talento que já tinha para o artesanato. Quando sua filha tinha 7 anos, ela passava dificuldades para conciliar o tempo com a criança e o horário de trabalho como atendente de lotérica. “Entrei no mundo dos laços quando ela começou no balé, achei uma oportunidade boa”, disse. Hoje ela participa de feiras com o apoio do Coletivo. “Fico feliz com esse apoio, com as mulheres apoiando umas às outras”, disse. Seu Instagram é @artesdjo

A Associação das Mulheres com Deficiência também está participando da feira. A artesã Elisa da Luz, secretária da entidade, trouxe suas caixinhas decoradas, feitas em EVA e MDF. Ela também atende encomendas de produtos pedagógicos. A Associação conta com 70 mulheres cadastradas. “A Associação é feita para defender o direito das mulheres e prestar assistência”, afirmou. Quem quiser conhecer mais da Associação pode falar pelo 992260661.