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Greve no Hospital do Câncer impede novos atendimentos e prejudica quem está na luta

Aconteceu nesta sexta-feira (24) a primeira reunião entre os médicos e a direção do Hospital do Câncer Alfredo Abraão, de Campo Grande, para debater a greve. A paralisação acontece desde a quarta (22) e afeta diretamente os novos casos que chegam na unidade hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

As partes estiveram frente a frente na sede da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), mas nenhum acordo foi firmado e a greve vai continuar pelo menos até a próxima semana, quando um novo encontro ocontece na segunda-feira (27). A expectativa é que a SES (Secretaria Estadual de Saúde) também participe.

De acordo com a direção do Hospital, são 60 pacientes admitidos diariamente e, desde o início da greve, pelo menos 230 deixaram de receber o atendimento. O diretor administrativo Amilton Fernandes Alvarenga explica que não há salários atrasados. “O contrato não atende as necessidades do hospital, não conseguimos comprar medicamento e, por isso, os médicos não se sentem seguros para continuar admitindo paciente”, disse.

Ele garantiu que os pacientes que estão internados continuarão recebendo tratamento normalmente. “O que não temos condições no momento é receber novos pacientes”, detalhou, acrescentando que a quimioterapia e radioterapia continuam atendendo w as cirurgias marcadas não foram canceladas.

Amilton também disse que por mês são repassados R$ 3,25 milhões, sendo 50% do valor da União e o restante é dividido em 25% para Estado e Município. Os gastos mensais são de cerca de R$ 4,2 milhões, ou seja, há um déficit de R$ 770 mil. “Nós sabemos que a tabela SUS não é reajustada há 15 anos e precisa ser feita a revisão do contrato”, concluiu o diretor do HC.