Policiais impedem suicído em Dourados e dão nova chance para jovem
Para aqueles que têm fé e que acreditam, fielmente, na figura de um grande Pai Celestial responsável por tudo o que acontece no mundo físico, tudo o que não ocorre conforme o planejado é porque há um propósito maior. E esse princípio ilustra bem uma ocorrência atendida nesta sexta-feira (08) e que dificilmente será esquecida pelos policiais militares de Dourados.
Foram os gritos de socorro ecoandos por entre as árvores de um parque florestal, situado aos fundos de um shopping center no bairro Jardim Paulista, que chamaram a atenção de uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) ainda nas primeiras horas da manhã, quando o Sol dava início ao seu exibicionismo diário.
Os militares estavam dentro do quartel quando passaram a ouvir os pedidos de ajuda persistentes. Na busca pelo que estava acontecendo a equipe se deparou com uma cena bem impactante, mesmo para aqueles que já estão acostumados com situações de perigo extremo. No caso, eles viram uma jovem, de 20 anos, pendurada por uma corda no pescoço no galho de uma árvore.
Chame você isso de sorte ou de destino, mas o fato é que também estava naquela área um subtenente da Cavalaria da Polícia Militar e que, enquanto tratava dos cavalos da corporação, notou a presença da jovem ao lado de uma mangueira. Inicialmente, ela estava mechendo no seu celular, mas logo subiu na árvore e amarrou uma corda na grossura do galho.
Ao ver a cena do suicído, o subtenente correu até a jovem e se abriu para um diálogo no intuito de evitar qualquer ação irreparável da mesma. Nas trocas de frases entre os dois, que não se conheciam até então, o militar ofereceu ajuda para resolver qualquer que fosse a situação pela qual a moça estava passando em sua vida.
Apesar dos esforços e das súplicas do policial, ela se lançou pelo galho abaixo com a corda presa em seu pescoço determinada a colocar um fim em tudo. Entretanto, o subtenente não tinha a mesma intensão e usou a sua força para impedir o sufocamento, segurando-a enquanto que esbravejava por socorro no seu mais alto tom de voz.
E foi então que a equipe da PMA, no quartel que fica nas proximidades, surgio no cenário atendendo ao socorro solicitado. A corda da forca foi rompida e a jovem salva da morte pretendida, ganhando uma nova oportunidade para replanejar o seu futuro. Apesar disso, ela precisou do socorro do Corpo de Bombeiros, que a levou para uma unidade médica onde foi internada.
Durante o socorro e o aguardo da ambulância, a jovem demonstrou descontrole, estava trêmula e proferia frases como: “Isso tem que acabar!”; “Por que isso não acaba?”; “Isso tem que ter fim?”. Tomada pelo choque da situação, ela falava muito pouco, porém afirmou que passa por acompanhamento psicológico e que veio da cidade de São Paulo há pouco tempo para estudar em Dourados.
Segundo a PMA, a corda utilizada na ação, medindo cerca de quatro metros, foi levada pela própria vítima ao local, indicando que ela fora para lá com intenção de cometer suicídio. O caso foi encaminhado para a Polícia Civil para possível investigação das causas que levaram à jovem a tomar atitude tão drástica.