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Crise política no Paraguai não prejudicará construção de ponte em Porto Murtinho

Os conflitos políticos que atormentam o Governo Federal do Paraguai e a administração da Usina Hidroelétrica de Itaipu Binacional não deverão prejudicar a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. O projeto viário é considerado peça-chave para a conclusão da chamada Rota Bioceânica, que ligará o porto de Santos (SP) até os portos do Chile, atravessando os países vizinhos Paraguai e Argentina.

Conforme o Governo do Estado, a previsão é que até em 2020 os trabalhos comecem na fronteira entre os dois países. Nesta terça-feira (13), durante o I Seminário de Integração da Infraestrutura de Transporte Rodo-ferroviário da América do Sul, que reúne representantes brasileiros e paraguaios em Assunção (PY), foi apresentado o projeto de instalação de uma linha férrea ao lado da ponte também como parte da Rota.

A faixa que deve ser destinada ao projeto da malha férrea tem 60 metros e ficará ao lado da ponte e ligará Camelo Peralta até a cidade de Salta, ao norte da Argentina. A obra será custeada pelo Paraguai. Já o Governo Brasileiro garantiu que o trecho de 11 quilômetros que ligará a BR-267 até a ponte será pavimentado, inclusive, os recursos já estão reservados no PPA (Plano Plurianual).

A ponte sobre o Rio Paraguai será bancada pela Usina de Itaipu, orçada em R$ 290 milhões e deve ficar pronta em 2023. Ela terá 680 metros de extensão e 12 metros de largura, além de passarela lateral para pedestre de um metro de largura. O vão entre os dois pilares terá 380 metros, mais 150 metros de cada pilar até a margem. A altura dos pilares que sustentarão os cabos será de 95 metros e o ‘desenho’ será semelhante ao da ponte de Paranaíba, na fronteira com o Estado de Goiás.

No evento, o ministro paraguaio Arnoldo Wiens externou confiança no sucesso das negociações, frisando que este é o primeiro encontro internacional para tratar da construção da rota rodo-ferroviária e muito já se avançou. Ele espera que o assunto, agora, seja amadurecido nos governos de capa país participante e em breve aconteça outra reunião para avaliar o andamento das tratativas.

A reunião em Assunção contou com a participação das autoridades paraguaias, do diretor da Itaipu Binacional, Carlos Marum, ministro João Carlos Parkinson, deputado federal Vander Loubet, senador Nelsinho Trad e o titular da Semagro, Jaime Verruck (foto: Divulgação)

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