Fronteira registra 4º assassinato supostamente cometido pela facção ‘Justiceiros’
Persistem os atos criminosos cometidos pela facção organizada intitulada ‘Justiceiros da Fronteira’. A nova vítima do grupo teve o corpo esquartejado e deixado ao lado de um veículo incendiado às margens da rodovia federal BR-463, em Ponta Porã. O assassinado foi identificado como sendo Eduardo Gonzalez Alvarenga, de 18 anos.
De acordo com a investigação, no local foi encontrado um bilhete, principal característica da facção, no qual dizia “Celso Gonçalves e Leandro Gonçalves (Surubi), vocês são os próximos”.
O papel foi recolhido para perícia, assim como as nove cápsulas encontradas junto ao carro: três de pistola 9 mm; 5 de pistola 556 e uma de pistola 762.
Ainda segundo a polícia, Eduardo foi perseguido, alcançado e colocado dentro de um carro de luxo, no Jardim Universitário. quando as viaturas chegaram ao local, a vítima já não estava mais lá.
Eduardo não tinha antecedentes criminais. O caso será investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul como homicídio qualificado pelo emprego do meio e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
Recado pregado em postes
Os criminosos colocaram cartazes em postes das cidades de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã onde citam: “Começaremos a agir fortemente nesta cidade para eliminar estas pragas deste convívio social. Não teremos dó nem piedade, e para quem acha que isso aqui é uma brincadeira, procure saber”.
Quatro mortes em cinco dias
Somente nesta semana, outras três pessoas foram executadas na região de fronteira do Brasil com o Paraguai, todas na cidade de Pedro Juan Caballero e ambas assinaladas pela facção ‘Justiceiros da Fronteira’, conforme indicam os bilhetes deixados junto aos corpos.
As primeiras vítimas foram os namorados Mateo Martínez Armoa, de 21 anos, e Anabel Centurion Mancuelo, de 22. O casal estava em uma choperia de Pedro Juan Caballero, na noite de segunda-feira (26) quando foi atingido por cerca de 35 tiros.
Na quarta-feira (28), um adolescente de 17 anos foi encontrado morto em um terreno baldio com requintes de tortura. O corpo estava sem as mãos e tinha sinais de cortes de faca em vários pontos. No caso deste, testemunhas disseram que um grupo mascarado sequestrou o menor em uma casa horas antes de ser encontrado morto. Os suspeitos tinha o sotaque português.